O ministro Cristiano Zanin, presidente da 1° Turma do STF do Supremo Tribunal Federal, marcou para os dias 08 e 09/04 o julgamento de militares por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República, será analisada em três sessões extraordinárias. Segundo a PGR, os 12 integrantes do núcleo 3 teriam planejado e executado ações com o objetivo de promover o plano golpista. Além dos militares do grupo chamado “Kids pretos”, também fazem parte do núcleo 3, ex- assessores do então governo de Jair Bolsonaro. A seguir os nomes dos denunciados.
– Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de integrar núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse de Lula;
– Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
– Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
– Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército ;
– Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;
– Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;
– Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército;
– Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos”;
– Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;
– Ronald Ferreira de Araújo Júnior, tenente-coronel do Exército;
– Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;
– Wladimir Matos Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel em que Lula ficou hospedado na transição.
Zanin atendeu ao pedido do relator, ministro Alexandre de Moraes, que mais cedo liberou a denúncia para julgamento.
Julgamento de Bolsonaro
O julgamento da denúncia referente ao núcleo 1, que tem entre os denunciados o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex- ministro da Defesa Braga Netto, será realizado no dia 25 de março. Os cinco ministros da 1° Turma do STF vão decidir se os denunciados pela PGR se tornarão réus, passando a responder a uma ação penal no Supremo.