O XIII Fórum de Lisboa colocou na pauta de discussões uma agenda prioritária para toda a humanidade: a questão ambiental e a mitigação do aquecimento global. O evento destacou temas como economia verde, mudanças climáticas e transição energética como reflexões fundamentais para as atuais e futuras gerações. Durante painel específico sobre o tema, o deputado federal Aliel Machado (PV-PR) alertou que o tempo para ações efetivas está se esgotando rapidamente.
O parlamentar destacou que a realidade atual apresenta aquecimento global intenso, com temperaturas aumentando drasticamente. Segundo Machado, o cumprimento da meta de não ultrapassar 1,5°C de aquecimento desde a era pré-industrial infelizmente está chegando ao ponto irreversível.
O deputado enfatizou que os impactos incluem extinção de espécies, prejuízos econômicos e agravamento das condições climáticas. Os eventos extremos são observados não apenas no Brasil, mas em todo o mundo com gravidade crescente.
Problema deixa de ser futuro e vira presente
Machado alertou que a preocupação com o futuro dos filhos e netos não é mais questão distante. As mudanças climáticas afetam diretamente o presente, exigindo ação imediata das autoridades e da sociedade.
O parlamentar citou exemplos concretos dos impactos climáticos no Brasil, como a tragédia no Rio Grande do Sul e eventos em São Sebastião, São Paulo. Entre 2014 e 2025, mais de 3.200 municípios brasileiros declararam situação de emergência climática.
Esses dados demonstram a gravidade da situação do ponto de vista social, econômico e ambiental. O deputado defendeu a necessidade de unir pautas para enfrentar os desafios climáticos de forma integrada e coordenada.
Brasil tem potencial para ser referência mundial
Aliel Machado destacou que o Brasil possui condições excepcionais para se tornar referência mundial em sustentabilidade. O país conta com matriz elétrica renovável muito superior à de outras nações, oferecendo vantagem competitiva significativa.
O parlamentar enfatizou que o fator tempo é crucial para aproveitamento das oportunidades ambientais. A demora pode resultar em perda de oportunidades econômicas e agravamento de problemas sociais, afetando especialmente populações mais vulneráveis.
Machado destacou a importância do mercado de carbono no Brasil, defendendo segurança jurídica e previsibilidade regulatória. O texto deve garantir economia verde, proteção florestal e cuidado com a indústria nacional simultaneamente.
A proposta envolve participação de todos os poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – além do engajamento da sociedade civil. Essa articulação é essencial para entregar resultados concretos para a população brasileira.
Acompanhe abaixo a entrevista concedida pelo Deputado ao Repórter Moacir Maia, que cobre o Fórum de Lisboa para o HJur.