The Economist critica isolamento diplomático e queda de popularidade de Lula

Da Redação Por Da Redação
1 de julho de 2025
no Internacionais, Manchetes
0
The Economista e as contradições do governo Lula: Impopular e sem prestígio externo

A revista britânica The Economist publicou análise severa sobre o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando perda de influência internacional e declínio da aprovação doméstica. Segundo a publicação, o petista não conseguiu se adaptar às mudanças geopolíticas globais e mantém posições que isolam o Brasil do Ocidente.

A reportagem destaca que Lula colocou o Brasil “no mapa mundial” em seus mandatos anteriores, mas agora enfrenta cenário completamente diferente. The Economist argumenta que o presidente brasileiro perdeu o pragmatismo diplomático que o caracterizava.

LEIA TAMBÉM

Deus, Pátria, … família Bolsonaro: VTNC, seu ingrato!

Alvo de busca e apreensão, Silas Malafaia enviou mensagens a Bolsonaro com ataques ao STF

Críticas à política externa brasileira

The Economist cita como exemplo controverso a condenação do Brasil aos ataques americanos contra instalações nucleares iranianas em 22 de junho. A revista informa que o Itamaraty classificou os bombardeios como “violação da soberania do Irã e do direito internacional”, posicionamento que divergiu de todas as democracias ocidentais.

A publicação britânica considera problemática a proximidade do Brasil com o Irã, especialmente durante a presidência brasileira do BRICS. Segundo The Economist, o grupo de economias emergentes se transformou progressivamente em instrumento da política externa chinesa e plataforma de legitimação da guerra russa na Ucrânia.

Matias Spektor, da Fundação Getulio Vargas, foi citado pela revista: quanto mais a China transforma o BRICS em instrumento de sua política externa e a Rússia usa o grupo para legitimar a guerra na Ucrânia, mais difícil fica para o Brasil manter o discurso de não-alinhamento.

Relações deterioradas com Estados Unidos

The Economist aponta que Lula não estabeleceu vínculos com Donald Trump desde janeiro. A revista informa que não há registro de encontro pessoal entre os líderes, fazendo do Brasil a maior economia cujo presidente não cumprimentou o americano.

Segundo a publicação, Lula prefere cortear a China, tendo se encontrado duas vezes com Xi Jinping no último ano. The Economist reconhece como sensata apenas a tentativa brasileira de aproveitar a perda de confiança mundial nos Estados Unidos como parceiro comercial.

A revista critica iniciativas grandiosas que excedem o peso brasileiro no cenário mundial. Como exemplo, cita a visita de Lula a Moscou em maio para as comemorações do fim da Segunda Guerra Mundial, onde tentou convencer Vladimir Putin a aceitar mediação brasileira na guerra ucraniana.

Problemas regionais e domésticos

The Economist destaca a ausência de pragmatismo nas relações sul-americanas. A revista menciona que Lula não dialoga com o argentino Javier Milei por diferenças ideológicas e inicialmente abraçou Nicolás Maduro, ditador venezuelano.

A publicação aponta que o Brasil permanece silencioso sobre o colapso haitiano, após ter liderado missão da ONU no país em 2010. Segundo The Economist, Lula parece incapaz de unir nações latino-americanas contra deportações migratórias e guerra tarifária de Trump.

Queda de popularidade interna

The Economist analisa que a fraqueza internacional se soma ao declínio da popularidade doméstica de Lula. A revista lembra que, entre 2003 e 2010, o Brasil colheu benefícios do boom de commodities, tornando Lula um dos líderes mais populares mundialmente.

Segundo a publicação, o Brasil mudou para a direita, e muitos brasileiros associam o Partido dos Trabalhadores à corrupção devido ao escândalo que levou Lula à prisão. The Economist observa que o país agora vive expansão do cristianismo evangélico e crescimento do emprego agrícola e na economia de bicos.

A revista cita que a aprovação pessoal de Lula oscila em torno de 40%, menor índice de seus três mandatos. Apenas 28% dos brasileiros aprovam seu governo, segundo dados mencionados pela publicação.

Humilhação no Congresso

The Economist destaca a rejeição congressional ao decreto presidencial para aumentar impostos em 25 de junho. A revista informa que foi a primeira derrubada de decreto executivo em mais de 30 anos, deixando o governo com menos espaço fiscal para gastos eleitorais de 2026.

A publicação observa que Trump critica outros líderes mais amistosos que Lula, mas permanece silencioso sobre o Brasil. The Economist especula que isso pode decorrer do déficit comercial americano de 30 bilhões de dólares anuais com o Brasil ou porque o país, geograficamente distante e geopoliticamente inerte, simplesmente não importa tanto.

Autor

  • Da Redação
    Da Redação

Post Views: 286
Tags: crítica a LulaThe Economist

Relacionados Posts

VTNC ingrato, diz Eduardo bosonaro ao pai
Manchetes

Deus, Pátria, … família Bolsonaro: VTNC, seu ingrato!

21 de agosto de 2025
A foto mostra o pastor Silas Malafaia. Ele é um homem branco com cabelos grisalhos.
Manchetes

Alvo de busca e apreensão, Silas Malafaia enviou mensagens a Bolsonaro com ataques ao STF

20 de agosto de 2025
Minuta de carta de Bolsonaro pedindo asilo ao governo argentino
Manchetes

Bolsonaro planejou pedir asilo político ao governo argentino

20 de agosto de 2025
STF: Cinco ministros já votaram para ampliar proteção contra violência doméstica na Convenção da Haia
Manchetes

STF: Cinco ministros já votaram para ampliar proteção contra violência doméstica na Convenção da Haia

20 de agosto de 2025
Projeto do Código Eleitoral passa na CCJ e segue para plenário do Senado
Congresso Nacional

Código Eleitoral segue para plenário do Senado; destaques são voto impresso e candidaturas femininas

20 de agosto de 2025
Tóffoli e Dino votam para estabelecer limites para o retorno imediato de crianças ao país de origem, em caso de violência doméstica
Manchetes

Tóffoli e Dino votam para estabelecer limites para o retorno imediato de crianças ao país de origem, em caso de violência doméstica

20 de agosto de 2025
Próximo Post
Gráfico mostra o crescimento dos supersalários ni Judiuciário

Supersalários de magistrados crescem 49,3% e custam R$ 10,5 bi aos cofres públicos

NOTÍCIAS POPULARES

Sem conteúdo disponível

ESCOLHIDAS PELO EDITOR

PIS e Cofins incidem na base de cálculo do ICMS

PIS e Cofins incidem na base de cálculo do ICMS

12 de dezembro de 2024
Adriana Villela divulga carta dizendo ser “vítima de uma injustiça”

Adriana Villela, condenada pela morte dos pais no crime da 113 sul, diz em carta ser injustiçada

5 de agosto de 2025
Decisão do STJ amplia formas de ressarcimento de tutela antecipada

Decisão do STJ amplia formas de ressarcimento de tutela antecipada

30 de outubro de 2024
STF deve concluir julgamento sobre responsabilização de big techs nesta quinta 

STF deve concluir julgamento sobre responsabilização de big techs nesta quinta 

26 de junho de 2025
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
  • Quem somos
  • Equipe
  • Política de Respeito à Privacidade
  • Fale Conosco
  • Artigos
  • Quem somos
  • Equipe
  • Política de Respeito à Privacidade
  • Fale Conosco
  • Artigos

Hora Jurídica Serviços de Informação e Tecnologia Ltda. – CNPJ 58.084.027/0001-90, sediado no Setor Hoteleiro Norte, Quadra 1, lote “A”, sala 220- Ed. Lê Quartier, CEP:70.077-000 – Asa Norte – Brasília-DF

Contato: 61 99173-8893

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica

Maximum file size: 2 MB
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica