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Amazon, Coca-Cola, GM e Caterpillar apoiam Brasil contra tarifas de Trump

Fábio Pannunzio Por Fábio Pannunzio
17 de julho de 2025
no Economia, Internacionais
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imagem com as logomarcas da Amazon, Caterpillar, GM e Coa-Cola

Amazon, Coca-Cola, GM e Caterpillar apoiam Brasil contra tarifas de Trump

Empresas americanas com operações no país declararam apoio ao governo brasileiro nas negociações para reverter a tarifa de 50% sobre produtos exportados aos Estados Unidos. A reunião comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin contou com representantes da Amazon, Coca-Cola, General Motors, Caterpillar e outras multinacionais que atuam há décadas no mercado brasileiro.

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O encontro aconteceu nesta quarta-feira (16) no âmbito do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. As empresas manifestaram posição favorável às negociações para evitar que a medida tarifária entre em vigor em 1º de agosto.

Nota conjunta das entidades empresariais

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) e a US Chamber emitiram nota conjunta defendendo revisão das alíquotas. O documento alerta que imposição de medidas tarifárias “como resposta a questões políticas mais amplas tem potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos”.

As entidades destacaram ainda o risco de estabelecer “precedente preocupante” com a medida anunciada pelo presidente Donald Trump. A posição empresarial fortalece argumentação brasileira nas negociações diplomáticas.

Cenário perde-perde

Alckmin classificou a tarifa extra como situação “perde-perde” que gerará prejuízos para ambos os países. O ministro enfatizou importância do trabalho conjunto entre empresas brasileiras e americanas para reverter a medida antes do prazo estabelecido.

“Nós queremos todo mundo unido para resolver essa questão. As empresas têm papel importante, tanto as brasileiras quanto as americanas”, afirmou o vice-presidente. Ele citou presença centenária de empresas como General Motors, que comemorou 100 anos no Brasil.

Outras empresas históricas mencionadas incluem Johnson & Johnson (90 anos no país) e Caterpillar (70 anos). Muitas dessas companhias exportam produtos fabricados no Brasil para os Estados Unidos.

Participantes do encontro

Além das empresas já citadas, participaram do encontro representantes da Dow, Sylvamo, Corteva Agriscience e John Deere. A MedTech também esteve presente na reunião que contou com integrantes do governo federal.

A diversidade de setores representados demonstra amplitude do impacto que as tarifas teriam na economia bilateral. As empresas presentes empregam milhões de trabalhadores e movimentam bilhões em comércio entre os países.

Nova carta aos Estados Unidos

O governo brasileiro enviou nova correspondência aos Estados Unidos solicitando resposta às propostas apresentadas em carta anterior de 16 de maio. O documento confidencial enumera itens para avanço em acordo comercial bilateral.

“A carta procura estimular acordo comercial, complementariedade econômica e crescimento do comércio exterior, que representa emprego e renda”, explicou Alckmin. O Brasil mantém postura de diálogo aberto para resolver a questão.

Impacto no setor empresarial

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, ressaltou que quase 10 mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. Essas operações geram 3,2 milhões de empregos no Brasil, evidenciando dimensão econômica da relação bilateral.

A aplicação da tarifa teria impacto negativo para ambos os países, segundo avaliação empresarial. Por isso, entidades atuam junto aos dois governos buscando solução negociada que impeça aumento tarifário.

“O setor empresarial brasileiro e americano tem buscado contribuir com o governo brasileiro e também do lado americano”, declarou Neto. O objetivo é construir solução que preserve relação comercial histórica.

Defesa de políticas brasileiras

Questionado sobre investigação americana baseada na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, Alckmin defendeu políticas brasileiras questionadas. O ministro destacou redução do desmatamento e posição de liderança ambiental global.

“O desmatamento está em queda. O Brasil é exemplo hoje para o mundo”, afirmou. Ele mencionou meta de desmatamento ilegal zero e recomposição florestal através do fundo do clima.

O vice-presidente também defendeu sistema brasileiro de propriedade intelectual e o PIX, pontos incluídos na investigação americana. “O PIX é um modelo, é um sucesso”, declarou sobre o sistema de pagamentos instantâneos.

Perspectivas de negociação

O apoio empresarial fortalece posição brasileira nas negociações com Washington. A pressão do setor privado americano pode influenciar decisão do governo Trump sobre manutenção das tarifas.

A complementariedade econômica entre os países foi destacada como argumento central. O Brasil busca demonstrar que medida prejudicará interesses mútuos e comprometerá relação comercial histórica.

Empresas americanas com operações no país declararam apoio ao governo brasileiro nas negociações para reverter a tarifa de 50% sobre produtos exportados aos Estados Unidos. A reunião comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin contou com representantes da Amazon, Coca-Cola, General Motors, Caterpillar e outras multinacionais que atuam há décadas no mercado brasileiro.

O encontro aconteceu nesta quarta-feira (16) no âmbito do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. As empresas manifestaram posição favorável às negociações para evitar que a medida tarifária entre em vigor em 1º de agosto.

Nota conjunta das entidades empresariais

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) e a US Chamber emitiram nota conjunta defendendo revisão das alíquotas. O documento alerta que imposição de medidas tarifárias “como resposta a questões políticas mais amplas tem potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos”.

As entidades destacaram ainda o risco de estabelecer “precedente preocupante” com a medida anunciada pelo presidente Donald Trump. A posição empresarial fortalece argumentação brasileira nas negociações diplomáticas.

Cenário perde-perde

Alckmin classificou a tarifa extra como situação “perde-perde” que gerará prejuízos para ambos os países. O ministro enfatizou importância do trabalho conjunto entre empresas brasileiras e americanas para reverter a medida antes do prazo estabelecido.

“Nós queremos todo mundo unido para resolver essa questão. As empresas têm papel importante, tanto as brasileiras quanto as americanas”, afirmou o vice-presidente. Ele citou presença centenária de empresas como General Motors, que comemorou 100 anos no Brasil.

Outras empresas históricas mencionadas incluem Johnson & Johnson (90 anos no país) e Caterpillar (70 anos). Muitas dessas companhias exportam produtos fabricados no Brasil para os Estados Unidos.

Participantes do encontro

Além das empresas já citadas, participaram do encontro representantes da Dow, Sylvamo, Corteva Agriscience e John Deere. A MedTech também esteve presente na reunião que contou com integrantes do governo federal.

A diversidade de setores representados demonstra amplitude do impacto que as tarifas teriam na economia bilateral. As empresas presentes empregam milhões de trabalhadores e movimentam bilhões em comércio entre os países.

Nova carta aos Estados Unidos

O governo brasileiro enviou nova correspondência aos Estados Unidos solicitando resposta às propostas apresentadas em carta anterior de 16 de maio. O documento confidencial enumera itens para avanço em acordo comercial bilateral.

“A carta procura estimular acordo comercial, complementariedade econômica e crescimento do comércio exterior, que representa emprego e renda”, explicou Alckmin. O Brasil mantém postura de diálogo aberto para resolver a questão.

Impacto no setor empresarial

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, ressaltou que quase 10 mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. Essas operações geram 3,2 milhões de empregos no Brasil, evidenciando dimensão econômica da relação bilateral.

A aplicação da tarifa teria impacto negativo para ambos os países, segundo avaliação empresarial. Por isso, entidades atuam junto aos dois governos buscando solução negociada que impeça aumento tarifário.

“O setor empresarial brasileiro e americano tem buscado contribuir com o governo brasileiro e também do lado americano”, declarou Neto. O objetivo é construir solução que preserve relação comercial histórica.

Defesa de políticas brasileiras

Questionado sobre investigação americana baseada na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, Alckmin defendeu políticas brasileiras questionadas. O ministro destacou redução do desmatamento e posição de liderança ambiental global.

“O desmatamento está em queda. O Brasil é exemplo hoje para o mundo”, afirmou. Ele mencionou meta de desmatamento ilegal zero e recomposição florestal através do fundo do clima.

O vice-presidente também defendeu sistema brasileiro de propriedade intelectual e o PIX, pontos incluídos na investigação americana. “O PIX é um modelo, é um sucesso”, declarou sobre o sistema de pagamentos instantâneos.

Perspectivas de negociação

O apoio empresarial fortalece posição brasileira nas negociações com Washington. A pressão do setor privado americano pode influenciar decisão do governo Trump sobre manutenção das tarifas.

A complementariedade econômica entre os países foi destacada como argumento central. O Brasil busca demonstrar que medida prejudicará interesses mútuos e comprometerá relação comercial histórica.

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