MPTCU pede bloqueio de salários de Bolsonaro e outros 24 militares

Há 10 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, encaminhou representação ao presidente do tribunal, ministro Bruno Dantas, com pedido de suspensão das remunerações de 25 militares indiciados pela Polícia Federal por envolvimento no plano golpista que previa as execuções do então candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice eleito Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A lista inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Na representação, Furtado destaca a ligação direta entre os atos golpistas de 2022 e as depredações das sedes dos Três Poderes, ocorridas em 8 de janeiro de 2023. Por esse motivo, pede também o bloqueio de bens de todos os 37 indiciados, no montante de R$ 56 milhões, valor estimado dos prejuízos causados pelos atos golpistas.

No documento, o subprocurador requer também que a medida cautelar se estenda a outros indiciados que recebam remuneração ou salários com recursos dos cofres públicos federais, inclusive do Fundo Partidário. Segundo ele, a questão envolve a moralidade pública. 

“A meu ver, não se mostra razoável e legítimo que o Estado continue a dispender valiosos recursos públicos com o pagamento de régias remunerações a esses indivíduos agora indiciados por esses graves crimes, que podem somar penas privativas de liberdade de até vinte e oito anos”, afirmou. 

Furtado destacou que “o Estado está despendendo recursos públicos com a remuneração de agentes que tramaram a destruição desse próprio Estado, para instaurar uma ditadura.” Ele ressaltou, ainda, o impacto moral e financeiro dessas remunerações, que totalizariam cerca de R$ 8,8 milhões por ano apenas para os militares indiciados.

Por fim, Furtado requereu ao Supremo Tribunal Federal o compartilhamento da íntegra do relatório de indiciamento produzido pela Polícia Federal.

Autor

Leia mais

A foto mostra o tenente-coronel Mauro Cid em depoimento no Congresso. Ele é uma homem branco com cabelos castanhos.

Moraes nega pedido de Mauro Cid para retirada de tornozeleira eletrônica

Eduardo Bolsonaro, que pode ser processado por campanha de perseguição contra Alexandre de Moraes

PL indica Eduardo Bolsonaro líder da minoria na Câmara para salvar seu mandato

Hugo Motta

Câmara acelera PEC da impunidade e adia discussão sobre anistia

Bolsonaro condenado

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por ofensas raciais contra apoiador negro

Lewandowski oferece apoio federal para investigar assassinato de ex-delegado em SP

Fachad do STJ

STJ autoriza revisão de honorários advocatícios  considerados irrisórios

Maximum file size: 500 MB