O Conselho Nacional de Justiça oficializou o adiamento da divulgação dos resultados do Prêmio CNJ Juíza Viviane do Amaral 2025 para 28 de julho devido ao volume excepcional de inscrições e necessidade de análise criteriosa dos projetos.
Os projetos e iniciativas inscritos no certame seguem em análise pela comissão avaliadora multidisciplinar, composta por especialistas em direitos humanos, violência de gênero e políticas públicas. A data de entrega solene do prêmio continua mantida para 26 de agosto, em cerimônia oficial em Brasília, conforme cronograma original estabelecido.
O reconhecimento público de boas práticas para combate à violência contra a mulher foi criado pelo CNJ através da Resolução nº 377/2021, estabelecendo marco importante na luta por igualdade de gênero. O prêmio homenageia respeitosamente a memória da juíza Viviane Vieira do Amaral, brutalmente assassinada pelo ex-marido em dezembro de 2020, em crime que chocou o país.
Seis categorias contempladas com critérios rigorosos
O prêmio é concedido em seis categorias cuidadosamente estruturadas: Tribunais, reconhecendo iniciativas institucionais; Magistrados, premiando atuação individual exemplar; Atores do sistema de Justiça Criminal, incluindo Ministério Público, Defensoria Pública, advocacia e servidores; Organizações não governamentais, valorizando trabalho da sociedade civil.
Completam as categorias Mídia, reconhecendo cobertura jornalística responsável e educativa sobre violência de gênero, e Produção acadêmica, premiando pesquisas e estudos que contribuam para compreensão e enfrentamento do problema. Cada categoria possui critérios específicos de avaliação e premiação diferenciada.
O objetivo central é dar visibilidade nacional a ações efetivas de prevenção e combate à violência familiar e doméstica. A iniciativa incentiva implementação de mecanismos de proteção apropriados, acessíveis e eficazes para prevenir violência futura ou potencial contra mulheres e meninas em todo território nacional.
Processo de avaliação
A comissão avaliadora analisa cada inscrição segundo critérios inovação, impacto social, sustentabilidade, replicabilidade e resultados mensuráveis. Os projetos são avaliados quanto à capacidade de transformar realidades locais e servir como modelo para outras regiões.
A análise considera ainda articulação interinstitucional, participação da comunidade, uso de recursos públicos de forma eficiente e contribuição para mudança cultural no enfrentamento à violência de gênero. Os avaliadores são especialistas renomados com experiência comprovada na área.
Conscientização e transformação institucional
A disseminação das práticas premiadas tem intenção de conscientizar integrantes do Poder Judiciário sobre necessidade de vigília permanente no enfrentamento à violência de gênero. O fenômeno apresenta crescimento preocupante nos indicadores nacionais, demandando respostas coordenadas e efetivas.
A juíza Viviane Vieira do Amaral, homenageada pelo prêmio, atuava no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro quando foi covardemente assassinada. Seu caso mobilizou debates nacionais sobre proteção de magistradas e necessidade de combate sistemático à violência doméstica, inspirando criação desta premiação.
Impacto nacional esperado
O prêmio busca criar rede nacional de boas práticas, estimulando tribunais e instituições a desenvolverem iniciativas próprias. A premiação anual permite acompanhamento da evolução das políticas públicas e identificação de tendências positivas no enfrentamento à violência contra mulheres.
Espera-se que as práticas premiadas sejam replicadas em diferentes contextos, adaptadas às realidades locais e integradas às políticas institucionais permanentes dos órgãos do sistema de justiça, ampliando significativamente o impacto das ações de proteção.