O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta quinta-feira (29) mais uma audiência para ouvir testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ele é réu na ação penal (AP)2668, que investiga a tentativa de golpe de Estado. Foram agendados seis depoimentos para esta manhã:
– Bruno Bianco, ex-advogado-geral da União;
– Paulo Guedes, ex-ministro da Economia;
– Célio Faria;
– Wagner Rosário, ex-controlador-geral da União
– Adler Anaximandro Cruz e Alves, ex-vice AGU;
– Adolfo Sachsida, ex- ministro de Minas e Energia.
8h02 – O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, deu início à audiência.
8h05 – A defesa de Anderson Torres dispensou os depoimentos de Paulo Guedes, Adler Anaximandro e Célio Faria.
8h06 – O advogado do ex-ministro da Justiça requereu a intimação do general Gustavo Dutra, ex-comandante militar do Planalto, para prestar depoimento. Ele justificou que o militar poderia contribuir com informações sobre uma reunião que teria ocorrido no dia 6 de janeiro de 2023 para tratar sobre a desmobilização do acampamento em frente ao QG do exército, em Brasília.
8h07 – Moraes acolheu o pedido da defesa e determinou a intimação do general Dutra para depor como testemunha na próxima segunda-feira.
8h09 – Adolfo Sachsida, ex- ministro de Minas e Energia, relatou que foi secretário de Política Econômica de janeiro de 2019 a fevereiro de 2022. Em maio de 2022, assumiu o comando do ministério.
8h11 – Ele disse que durante a única reunião ministerial que participou discutiram sobre as urnas eletrônicas, mas negou terem falado algo sobre plano golpista.
8h13 – Segundo seu relato, quando precisava tratar algum assunto com o presidente, muitas vezes era mais fácil falar inicialmente com o ajudante de ordens.
8h16 – Bruno Bianco informou que ocupou vários cargos no governo Bolsonaro, entre eles, foi secretário especial de Economia e advogado-geral da União.
8h17 – Ele explicou que a secretaria de Assuntos Jurídicos auxilia em questões do Planalto.
8h18 – Bianco afirmou que foi convocado para uma reunião com Bolsonaro para falar da cartilha da AGU com orientações de condutas para agentes públicos e políticos nas eleições.
8h19 – Nas reuniões, a testemunha afirmou que abordaram posicionamentos sobre posturas em período eleitoral e não “viu nada sobre ruptura”.
8h20 – O ex- advogado-geral da União relatou que foi o primeiro ministro a tratar sobre a transição de governo.
8h21 – Em encontro com Anderson Torres, após o segundo turno das eleições de 2022, Bruno Bianco disse que eles não trataram sobre a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ou plano golpista. Alegou que conversaram apenas sobre a transição.
8h25 – Segundo Bruno Bianco, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, participava de algumas reuniões.
8h26 – Bianco afirmou que por tratar temas jurídicos com o presidente, suas reuniões com Bolsonaro costumavam ser reservadas. Ele confirmou que Cid Já fez perguntas, mas disse não me lembrar de discutir questões judiciais com o tenente-coronel.
8h27 – Bianco confirmou que, após a derrota nas eleições, houve uma reunião no Palácio do Planalto com Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas. De acordo com Bianco, o presidente da República perguntou se houve algum problema no pleito eleitoral e ele respondeu que tudo ocorreu de forma “absolutamente correta e legal”. A testemunha relatou ainda, que Bolsonaro insistiu nos questionamentos. Mas depois da negativa, o presidente da República, “se deu por satisfeito”.
8h33 – Wagner Rosário, ex-controlador-geral da União, disse que nas reuniões antes das eleições, foram discutidos problemas que poderiam ocorrer no pleito eleitoral e como as instituições poderiam atuar.
8h33 – Segundo Rosário, a fala de Torres foi sobre o trabalho da PF.
8h34 – Possíveis fragilidades do sistema de votação eletrônica para que a “gente tivesse um resultado da eleição “fidedigno”.
8h35- A audiência foi encerrada.