Deputado Eduardo Bolsonaro disse desejar intervenção militar estadunidense em Brasília

Eduardo Bolsonaro sugere ação militar americana e apela a judeus do Congresso

Há 3 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez declarações polêmicas em vídeo no YouTube, sugerindo possível intervenção militar americana no Brasil. Filho do ex-presidente comparou momento atual ao “dia D da Segunda Guerra Mundial” e afirmou que porta-aviões americano chegará ao lago Paranoá mais facilmente que diplomatas brasileiros serem recebidos nos Estados Unidos. As declarações ocorrem em contexto de investigações contra seu pai e tensões políticas crescentes no país.

Durante manifestação gravada enquanto cortava grama, Eduardo criticou duramente governo Lula e cenário político brasileiro. Questionou utilidade de ser parlamentar em Congresso que “não aprova nem IOF”. Deputado afirmou estar em momento decisivo para “selar destino do Brasil” entre virar Venezuela ou formar fileiras com países livres.

Comparação com Segunda Guerra Mundial

Eduardo estabeleceu paralelo entre momento atual e invasão da Normandia em 1944. Citou Winston Churchill e sacrifícios necessários em momentos decisivos da história. “Já imaginou se Churchill tivesse essa dúvida e pensasse ‘talvez eu vou perder cargo de primeiro-ministro se mandar soldados no dia D'”, questionou o deputado.

Filho do ex-presidente afirmou não estar “numa praia tomando bomba”, mas vivendo momento igualmente decisivo. Defendeu que momentos assim não são para pessoas que não sabem o que querem. Declarou não estar pensando em eleições futuras, negando ambições presidenciais.

Eduardo revelou preferir deixar “essa bucha” para o pai, referindo-se à Presidência da República. Afirmou que adoraria ser apenas senador, caso Jair Bolsonaro conseguisse “agarrar essa bucha”. Condicionou retorno ao Brasil à redução do poder de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal.

Críticas ao Itamarati e apelo aos judeus

Deputado relatou reunião no Departamento de Estado americano onde autoridades desconheciam nome da embaixadora brasileira. Classificou situação como “vergonha” e criticou trabalho do Itamarati. Questionou se não há “nenhum judeu” no ministério das relações exteriores que tenha coragem de reagir.

“Será que não tem ninguém com empatia dentro do Itamarati? Ninguém com coragem para chegar e falar ‘se for para ficar isso daqui prefiro pedir as contas'”, indagou Eduardo. Deputado fez referência a “terroristas que botam bebê em forno e ligam microondas”, relacionando à situação no Oriente Médio.

Eduardo criticou indicação de embaixadores que, segundo ele, prefaciam livros relacionados ao Hamas. Questionou presença de judeus no Itamarati que tenham conhecidos em Israel. Classificou como vergonhoso ter trabalho que acaba apoiando pessoas que dão suporte a terroristas.

Ameaça de intervenção e orientações políticas

Em declaração mais polêmica, Eduardo afirmou estar “muito mais fácil porta-aviões chegar no lago Paranoá” que autoridades brasileiras serem recebidas com Geraldo Alckmin nos Estados Unidos. Sugestão de presença militar americana em Brasília gerou maior repercussão das declarações.

Deputado orientou parlamentares a se afastarem do vice-presidente Geraldo Alckmin. Argumentou que Alckmin esteve “do lado dos hutis, do Hamas, de notórios assassinos americanos”. Considerou impossível resolução de problemas diplomáticos mantendo proximidade com atual vice-presidente.

Eduardo se colocou à disposição para ajudar parlamentares em negociações internacionais. Relembrou experiência fazendo hambúrgueres durante intercâmbio em 2005, destacando que nos Estados Unidos “não existe trabalho que não dignifique a pessoa”. Concluiu pedindo bênçãos divinas para autoridades brasileiras tomarem “decisão correta”.

Veja as declarações do deputado na íntegra no vídeo abaixo:

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