Moraes mantém validade de delação de Mauro Cid

Há 1 ano
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Após depor por cerca de três horas na sede do Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (21.11), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid teve o acordo de delação premiada validado pelo ministro Alexandre de Moraes. Moraes considerou que Cid esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal.

As informações  seguem sob apuração das autoridades competentes. O depoimento do ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro e o relatório da Polícia Federal serão encaminhados ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deve se manifestar na semana que vem. 

Na terça-feira (19.11), Mauro Cid esteve na sede da Polícia Federal e durante um depoimento de cerca de três horas negou ter conhecimento do plano golpista arquitetado por quatro militares e um policial federal para impedir a posse de Luiz Inácio da Silva e de Geraldo Alckmin, que incluia a execução de Lula, Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. 

O ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro disse não lembrar dos arquivos encontrados em seu notebook relacionados ao plano golpista.  Cid é citado 30 vezes no inquérito que resultou na prisão dos quatro militares e do policial federal, na terça-feira, após determinação do ministro Moraes. 

Segundo descrito no processo, os indícios do monitoramento de Moraes foram identificados, inicialmente, a partir das análises dos dados armazenados no aparelho celular do tenente-coronel Mauro Cid, em especial pela identificação de mensagens compartilhadas entre o referido investigado e Marcelo Câmara.

Cid fechou acordo de colaboração premiada após ter sido preso no âmbito do inquérito que apura fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19. Depois do acordo, ele foi solto, mas teve a prisão decretada novamente em março deste ano por descumprimento de cláusulas do acordo. No momento, ele se encontra em liberdade provisória concedida por Moraes.

Na delação, o ex-ajudante de Ordens cooperou com as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro e sobre o esquema de venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente por autoridades estrangeiras, no qual também está implicado.

Em entrevista à Agência Brasil,  no domingo (17), o  advogado de Cid, Cezar Bittencourt, disse que não há nenhuma preocupação da defesa de que o acordo de delação seja reavaliado. Segundo Bittencourt, é comum que novas informações surjam durante o inquérito e a polícia procure novamente as pessoas que estão sendo investigadas.

Se a PF concluir que Mauro Cid não cumpriu as obrigações do acordo, o ex-ajudante de ordens poderá ser alvo de um pedido de rescisão da colaboração. A medida não anularia a delação, mas cancelaria os benefícios, entre eles, o direito de permanecer em liberdade.

Com informações da Agência Brasil

Autor

Leia mais

O deputado Guilherme Derrite, relator do pacote da segurança pública

Quinta versão do PL Antifacção repete erros anteriores e gera impasse entre governo e relator

Há 9 horas

WePink pagará R$ 5 milhões em indenização por práticas abusivas contra consumidores

Há 9 horas

STF condena nove militares e agente da PF por tentativa de golpe de Estado

Há 10 horas
Justiça Federal bloqueia bens de donos e gestores dos bancos Master e BRB

JF determina bloqueio de bens de donos e gestores dos bancos Master e BRB, alvos de operação da PF

Há 10 horas
GDF promete ajudar nas investigações e diz que BRB mantém capacidade de operação

GDF promete colaborar com investigações da PF no caso da operação Compliance Zero

Há 11 horas
Ilustração por IA mostra uma garçonete ruiva observada por um padrão sisudo

Rede de restaurantes demite garçonete por pintar cabelo de ruivo e é condenada por discriminação

Há 12 horas
Maximum file size: 500 MB