O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal colha depoimento do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL-SC), no prazo de 15 dias. Na decisão, Moraes afirma que a medida foi adotada para esclarecer declarações de Mello em entrevista que concedeu ao programa de TV “Direto ao Ponto”, da emissora Jovem Pan News, divulgado no canal da emissora na plataforma YouTube, no dia 13 de janeiro.
Na ocasião, Mello afirmou que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mantêm contato, mesmo diante de proibição do STF.
“Para que os fatos sejam apurados, determino que a Polícia Federal proceda a oitiva do governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 (quinze) dias, para esclarecimentos sobre as suas declarações na entrevista que concedeu ao programa televisivo “Direto ao Ponto”, da emissora Jovem Pan News, determinou Moraes.
Na entrevista, o governador de Santa Catarina afirmou que “nosso presidente (do PL, Valdemar) conversa muito com o Bolsonaro, que é nosso presidente de honra, né?. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala para se ajudarem ainda mais”.
Valdemar Costa Neto, Bolsonaro e os outros investigados no inquérito no STF que apura a tentativa de golpe de Estado estão proibidos de se falarem, além de outras medidas cautelares impostas por Moraes.
Em nota enviada ao HJur, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, “reitera que não mantém qualquer contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em respeito absoluto às determinações impostas pelo STF. Qualquer declaração em sentido contrário é fruto de equívoco ou mal-entendido”.