A Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região prestou homenagem ao desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça. A cerimônia, realizada na quinta-feira (29), foi marcada por elogios à trajetória do magistrado piauiense, que aguarda sabatina no Senado Federal para ocupar a vaga deixada pela aposentadoria da ministra Assusete Magalhães.
O presidente do TRF1, desembargador João Batista Moreira, destacou o comprometimento do homenageado durante a sessão solene. Moreira declarou ao TRF1 que Brandão “é um homem de fé e realizações” e que “sua ação inspira”. O dirigente afirmou ainda que o magistrado “encara o trabalho como missão de promover a cidadania” e representa “orgulho do TRF1”.
A vice-presidente da Corte, desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas, também exaltou a atuação de Brandão. Seixas declarou ao TRF1 que o desembargador “plantou boas sementes” e que “seu trabalho continuará, agora perante o STJ”.
Colegas elogiam perfil humanizado do magistrado
O desembargador federal Néviton Guedes descreveu Brandão como “um magistrado que se envolve com alma, inteligência e determinação de justiça”. Guedes declarou ao TRF1 que o colega “sempre muito presente” e que “não há uma causa que não trate com humanidade”, considerando a indicação “uma honra institucional”.
A desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso relembrou a trajetória persistente de Carlos Augusto Brandão. Cardoso declarou ao TRF1 que o magistrado “fez um trabalho digno” e pediu para que continue sendo “o Brandão que sempre foi aqui”. Ela destacou que ele sempre tratou “o trabalho como algo leve e com humanidade, buscando ajudar quem precisa”.
O desembargador federal Marcos Augusto de Sousa afirmou que Brandão “fez justiça ao tribunal”. Sousa declarou ao TRF1 ter certeza de que o colega “representará bem nossa realidade” no STJ, desejando-lhe sucesso na nova fase da carreira.
Trajetória sólida na magistratura federal
Carlos Augusto Pires Brandão, natural de Teresina, iniciou sua carreira como juiz federal em 1997. Foi promovido a desembargador do TRF1 em 2015, ocupando vaga decorrente da ascensão do então desembargador Reynaldo Soares da Fonseca ao STJ.
O magistrado possui sólida formação acadêmica, sendo doutor em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba. É também mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente coordena o Sistema de Conciliação da Justiça Federal da 1ª Região.
Brandão foi escolhido por Lula a partir de lista tríplice elaborada pelo STJ em outubro de 2024. Disputava a indicação com as desembargadoras Daniele Maranhão Costa, também do TRF1, e Marisa Ferreira dos Santos, do TRF3. A escolha presidencial foi formalizada em edição extra do Diário Oficial da União no dia 27 de maio.
Reconhecimento pelo olhar social da magistratura
O desembargador federal Jamil de Jesus Oliveira destacou o coleguismo durante a homenagem. Oliveira declarou ao TRF1 que tiveram “um tempo muito oportuno de decisões e convivência” e que as lembranças “estarão sempre conosco”. Ele ressaltou que Brandão está “subindo de patamar jurisdicional” mas pediu para nunca deixar de estar com os colegas.
A desembargadora federal Daniele Maranhão definiu o colega como “uma pessoa admirável”. Maranhão declarou ao TRF1 que os magistrados “se sentem representados” e que o perfil de Brandão de “cuidar das pessoas é o estilo da Primeira Região”. Ela afirmou ter certeza de que ele “tem muito a contribuir” no STJ.
O desembargador federal Morais da Rocha pontuou que ficou “feliz com a notícia” e desejou sucesso na missão. Rocha declarou ao TRF1 que “o STJ precisa de magistrados que olhem além dos processos, olhem para o povo e questões sociais”, como Brandão tem feito durante sua carreira.