O Supremo Tribunal Federal marcou para a próxima semana, no plenário virtual, o julgamento da ação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), acusada de perseguir um homem com uma arma na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ele responde a um processo por porte ilegal de arma.
Em nota, a deputada afirmou que confia no poder Judiciário e na “condução imparcial do processo”. Disse também que sua arma é registrada, confia plenamente na Justiça e acredita que, “ao serem esclarecidos todos os fatos ficará evidente minha inocência.”
A defesa da deputada tentou tirar o processo do STF, com o argumento de que o caso não está relacionado ao exercício do mandato dela. E, por isso, deveria ser analisado na primeira instância, mas não obteve êxito.
A denúncia contra a parlamentar foi recebida pelo STF em agosto, quando os ministros entenderam, por maioria de votos, que havia evidências para abrir uma ação penal por suspeita de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Ao denunciar a deputada, a Procuradoria-Geral da República argumentou que, apesar do porte de arma para uso pessoal, Zambelli não tinha autorização para o chamado “manejo ostensivo” do armamento em espaços públicos. E que sua conduta “colocou em risco a coletividade”.
O julgamento ocorrerá entre os dias 21 e 28 de março.