Por Moacir Maia, correspondente do HJur no XIII Fórum de Lisboa
Um grupo de empresários brasileiros promoveu, nesta quinta-feira (03.07), em Lisboa, um debate para investidores com o tema “Ambiente de Negócios Brasil – Portugal”. O evento, que ocorre paralelamente ao Fórum de Lisboa, foi organizado pela REAG Investimentos e pelos escritórios ASBZ, Bergi Advocacia; e André Teixeira, Rossi, Andrade & Saadi Advogados, com apoio institucional do Portal HJur e da Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira.
O encontro de, caráter estratégico, e que já entrou no calendário de negócios da capital portuguesa, reuniu empresários e especialistas dos dois países para discutir com lideranças institucionais as perspectivas e desafios de novos investimentos.
Para a exosição inicial do ambiente de negócios entre Brasil e Portugal, foram convidados o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, Otacílio Soares, e o empresário Luciano Montenegro de Menezes, sócio-gerente na World Trade Center Lisboa e vice-presidente na WTC mundial.
O encontro que se repete anualmente, busca abrir oportunidades de networking, troca de experiências e alinhamento com os principais agentes de investimentos em setores como imobiliário e construção civil.
Otacílio Soares lembrou que, neste ano de 2025, completam-se 200 anos do primeiro acordo de comércio entre a Brasil e Portugal. “Como o Brasil exporta para Portugal um montante de três bilhões de dólares — e Portugal exporta para o Brasil um décimo desse valor (US$ 300 milhões) — existe um cenário de muita atração em investimentos por múltiplas razões, principalmente, as razões de natureza cultural”, afirmou Soares.
“Se Portugal descobriu o Brasil há mais de 520 anos, agora temos a certeza de que o Brasil está verdadeiramente descobrindo Portugal, que precisa, por exemplo, de 50 mil novas casas por ano, o que já sinaliza que apenas com alguma modernização na legislação teremos um fantástico novo mercado para o setor da construção civil”, alertou Luciano a Montenegro.
Os dois palestrantes também chamaram a atenção para o enorme potencial do agronegócio brasileiro. E a vigorosa parceria institucional dos dois governos, que é muito favorável, também foi consensual.
Outro destaque apresentado no encontro foi o fato de que hoje, em apenas onze dias por transporte marítimo, uma mercadoria sai de um país e chega ao outro.
O presidente do Sindiex – Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo, Sidemar Acosta, participou do debate ressaltando que o ambiente atual é extremamente favorável. “Devemos aproveitar para integrar ainda mais os empresários brasileiros ao mercado europeu, tendo Portugal como porta de entrada para acessar esses novos mercados na Europa”, disse ele, que hoje dirige a entidade que congrega as maiores trades brasileiras. “Temos muita confiança de que o volume de negócios entre os nossos dois países deve crescer muito”, finalizou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira.