O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido da defesa do general Walter Braga Netto, o advogado José Luís de Oliveira Lima, para acesso irrestrito a todos os documentos, mídias e ao HD relacionados ao inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo Moraes, o amplo acesso já está garantido às partes envolvidas no processo.
Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-chefe da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, foi preso preventivamente em 14 de dezembro de 2024, sob suspeita de envolvimento em um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa de Braga Netto nega as acusações de obstrução e afirma que o general não possui histórico de desobediência ou condutas que justifiquem a prisão preventiva. Os advogados declararam que irão se manifestar nos autos após terem pleno conhecimento dos fatos que motivaram a decisão.
De acordo com as investigações, Braga Netto teria organizado uma reunião em sua residência para discutir um plano que incluía o assassinato de Lula, do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Essas informações foram obtidas a partir da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que implicou Braga Netto na conspiração.
O caso segue em investigação pelas autoridades competentes.