No balanço que fez do primeiro turno das eleições, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, disse que, apesar de questões pontuais observadas em circunstâncias diversas, típicas de eleições num país imenso como o Brasil, o pleito foi realizado de forma tranquila e “sem qualquer intercorrência significativa”.
De acordo com a ministra, o primeiro turno das Eleições Municipais ocorreu dentro do previsto.
A magistrada afirmou, também, que todos os casos que necessitam de interferência por parte da Justiça eleitoral “tiveram providências adotadas em caráter imediato, com efeitos comprovados”.
Cármen Lúcia evitou citar casos isolados, em especial a situação do candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, porque neste momento se posiciona como “juíza do Brasil”. Mas destacou a presença significativa de eleitores nas urnas.
“Dia especial”, diz Lula
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, afirmou, ao votar em São Bernardo do Campo (SP), que este domingo é “um dia muito especial para a democracia brasileira”. Sem citar nomes, ele criticou as fake news durante a campanha eleitoral e os candidatos que “não possuem compromisso com o povo, a não ser em inventar histórias”.
A Polícia Rodoviária Federal também fez questão de divulgar balanço. Informou estar atuando desde as primeiras horas do dia para “garantir o direito constitucional de voto” a todos os eleitores que precisam transitar pelas rodovias federais neste domingo. E seguindo todas as normas e operando de forma integrada com o TSE e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em rede nacional
Durante pronunciamento em rede nacional na noite deste sábado (05/10), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, destacou a soberania das urnas e a importância de as pessoas votarem com tranquilidade e seriedade nas eleições deste domingo. A magistrada reforçou o pedido para que as eleições sejam realizadas “sem hostilidades nem desalentos insuperáveis”.
Ela lembrou que a democracia permite que todas as pessoas sejam “autoras da cidadania comprometida e livre” por meio dos votos que depositarem. E desejou que “os brasileiros votem nos candidatos que desejarem para a construção das cidades que desejam”.
Cármen Lúcia pregou o que definiu como “unidade cívica” e enfatizou que a Justiça eleitoral trabalhou com afinco e engajamento “para que eleitoras e eleitores possam ir tranquilamente, entre as 8 horas da manhã e as 17 horas da tarde – horário de Brasília – a seu local de votação”.
“E, também, para que a urna, segura, auditável e inquestionável acolha os votos da população”, acrescentou.
Exercício democrático
Outro destaque do pronunciamento foi o apelo feito por Cármen Lúcia para que os eleitores lembrem da importância do voto como “exercício democrático que nem sempre pode ser concretizado”. E fruto de uma democracia que é construída “com a participação de todas as pessoas, os que pensam igual e os que pensam diferente”.
Além disso, a ministra destacou que, neste sábado, a Constituição Federal completou 36 anos de vigência. E que foi a Carta Magna que garantiu “o direito fundamental de votar para que essa democracia, baseada na soberania do povo, florescesse”.
“Voto é o gesto que guarda o seu ideal de cidade onde cada um vive e quer realizar seus sonhos. Voto democrático é espaço de liberdade individual para a construção social”, acentuou.