Por Hylda Cavalcanti
O líder do PT na Câmara, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que acompanhou todas as sessões de julgamento da 1ª turma sobre a trama golpista, afirmou que o resultado marca “um divisor de águas na história do Brasil”.
De acordo com ele, o Congresso tem de acabar, daqui por diante, com a ideia de anistia, pelo fato de o crime por violação ao Estado Democrático de Direito não permitir anistia aos condenados.
Por fim, Farias lembrou que a legislação que trata de condenações por organização criminosa deixa claro que as penas devem ser cumpridas em presídios de segurança máxima. O que leva a crer que o ex-presidente Jair Bolsonaro terá de ser conduzido à Penitenciária da Papuda.
“A Justiça respondeu de forma exemplar a quem tentou rasgar a Constituição, conspirar contra o voto popular e colocar o país sob um regime de exceção”, acrescentou Farias.
Primeira vez na história
O parlamentar lembrou que tratou-se “da primeira vez que um ex-presidente é condenado por atentar contra a própria democracia”.
“A Corte reconheceu Bolsonaro como líder de organização criminosa armada. E, nos termos do artigo 2º, § 8º, da Lei 12.850/2013 (que dispõe sobre organização criminosa), as lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima’.
“Em outras palavras, a próxima parada será o Complexo Penitenciário da Papuda!”, ironizou o petista.
A deputada Sâmia Bonfim (PSol-SP), que estava ao lado de Lindbergh Farias, também elogiou o resultado do julgamento e destacou que os parlamentares da base do Governo precisam ficar alertas para que outros retrocessos não voltem a acontecer.
“Foi um julgamento que mostrou que não se permite o retorno a um passado sombrio e ataques antidemocráticos neste país”, pontuou ela.
[21:01, 11/09/2025] Hylda Cavalcanti: @Cecilia Maia e @Karina Zuccoloto (STF) escrevi mais esse texto, acima.