Da Redação
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela rejeição do recurso apresentado pela defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão que a condenou a 10 anos de prisão, por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023 — durante o julgamento da Ação Penal (AP) 2428.
Votaram pela rejeição do recurso, por unanimidade, todos os integrantes do colegiado: os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin Martins e a ministra Carmen Lúcia. Zanin Martins, que é presidente da Turma, definiu a data a pedido do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Plenário virtual
A sessão foi realizada pelo plenário virtual da Corte e tinha prazo para ser encerrada no fim do dia, mas os magistrados resolveram adiantar os seus votos. No último dia 23, Carla Zambelli foi condenada por unanimidade a 10 anos de prisão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado, perda do mandato e pagamento de multa no valor de R$ 2 milhões em danos materiais e morais.
Após a sentença, os advogados da deputada apresentaram “embargos de declaração” (espécie de recurso), alegando “cerceamento de defesa” de Zambeli por falta de acesso à íntegra das provas utilizadas no processo.
Eles pediram à Corte que fosse reconhecido o cerceamento, permitido o acesso total ao material e declarada a absolvição da parlamentar.
Lista da Interpol
Carla Zambelli informou esta semana, por meio de um vídeo veiculado em suas redes sociais que está fora do país e se licenciou do mandato na Câmara. Nesta quinta-feira (05/06), a Interpol incluiu o nome dela na lista de difusão vermelha, e a deputada pode ser presa fora do país.
A inclusão do nome de Zambelli na lista de procurados atende a um pedido da Polícia Federal após determinação do ministro Alexandre de Moraes.