TESTEMUNHAS DE DEFESA
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
- Hamilton Mourão (também defesas de Jair Messias Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Souza Braga Netto)
- Alex D’alosso Minussi
- Gustavo Suarez da Silva
Almir Garnier Santos
- Marcos Sampaio Olsen
- Antonio Capistrano de Freitas Filho
- José Aldo Rebelo Figueiredo
- Marcelo Francisco Campos
14h01 – O ministro Alexandre de Moraes abriu a audiência.
14h04 – O senador Hamilton Mourão, ex- vice-presidente, disse que não participou de nenhuma reunião em que foi discutido o estado de exceção.
14h04 – Segundo Mourão, o general Heleno não conversaram sobre minuta. “Nunca conversou comigo e enviou o documento de estado Exceção”.
14h06 – Mourão enfatizou que serviu com o general Heleno e que ele é um ícone da sua geração. Destacou que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional sempre se destacou ao longo da sua trajetória no Exército, sendo “extremamente respeitado” por todos. “Ele é o primeiro colocado em todos os cursos que fez dentro do Exército, é um homem que sempre deu exemplo.
14h08 -O senador afirmou que imediatamente na noite que nós perdemos a eleição ele estava batido. Na segunda-feira, estivemos reunidos no Palácio do Planalto. Posteriormente tive alguns encontros com o presidente Bolsonaro e no Palácio da Alvorada.
14h09 – “Bolsonaro, em nenhum momento, me mencionou qualquer medida que tentasse o estado de ruptura”, relatou Mourão ao negar ter tido qualquer conversa com o então presidente sobre o plano golpista.
14h11 – Mourão ressaltou que as poucas conversas que teve com Braga Netto e Paulo Sérgio sempre trataram de coisas do dia a dia e que nenhum dos dois militares “tocou em qualquer medida de exceção”.
14h12 – Hamilton Mourão afirmou que, após a nossa derrota na eleições, se reuniu com Bolsonaro e se colocou à disposição para ajudar na transição. Mourão relatou que Bolsonaro atribuiu à Ciro Nogueira a função de coordenar os trabalhos, segundo ele, “demonstrando que Bolsonaro estava pronto para entregar a transição para o governo eleito”.
14h14 – Ele afirmou que no dia oito de janeiro de 2023, estava em sua casa, no Altiplano Leste. “Estava dentro da piscina”. E que foi informado dos atos criminosos pelo filho.
14h18 -“Ao ser questionado se sabia da participação de militares do governo Bolsonaro na trama golpista, Mourão afirmou que “não teve notícia que algum deles tivesse algum tipo de envolvimento naquela baderna que ocorreu no dia 8 de janeiro”.
14h20 – Classificou a carreira militar de Braga Netto nas Forças Armadas como “extraordinária”.
14h22 – Disse que continuou mantendo contato com o ex-ministro da Defesa após a eleição de 2022 para discutir o governo de transição.
14h23 – Mourão afirmou que sofre constantes ataques virtuais. “Sou vítima constante de ataques na internet. Alguns me acusam de ser agente da CIA”.
14h26 – O senador afirmou que conhece o tenente-coronel Mauro Cid desde quando ele era criança e que as famílias são próximas.
14h27 – Elogiou a conduta de Mauro Cid dizendo que ele sempre foi muito respeitoso.
14h28 – Ao ser questionado pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, se tinha conhecimento ou participado de alguma reunião para discutir o plano golpista. Mourão negou e disse que não foi convocado para nenhuma reunião”.
14h31 – “Em nenhum momento fui apresentado a alguma minuta de exceção”.
14h32 – Gonet perguntou de Mauro Cid é mentiroso? Mourão disse que não, mas que não saberia responder.
14h33 – Moraes perguntou se ele sabia que era monitorado sobre um possível encontro com o ministro. Mourão respondeu que nunca ficou sabendo. Disse que todos os seus atos eram todos públicos. “Se eu tivesse que me encontrar com vossa excelência, eu teria dito ao presidente Bolsonaro: vou me encontrar com o ministro. Nós não temos nada a esconder, não somos bandidos”, concluiu.
14h36 – Alex D’alosso Minussi negou que o general Heleno tenha incentivado
14h37 -Ele afirmou que, após o fim do mandato de Bolsonaro, “houve um afastamento” entre o então presidente e o ministro Augusto Heleno.
14h50 – Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, iniciou seu depoimento. No entanto, devido a falhas na conexão, suas respostas estão sendo foram ouvidas.
14h58 – Moraes e Gonet aguardam a resolução do problema técnico.
14h59 – Olsen afirmou que, na troca de comando da Marinha, “o comandante Garnier transferiu o cargo, mas não compareceu à cerimônia”.
15h00 – Sobre a nota divulgada pela Marinha, a nota responde matéria divulgada pela mídia sobre tanques ‘Isso para assegurar que momento nenhum houve ordem ou mobilização do emprego de veículos blindados .
15h02- Em resposta à Gonet, Olsen afirmou que Garnier não apresentou qualquer justificativa para faltar a cerimônia de transferência do comando da Marinha:” imagino que questões de foro íntimo”, afirmou.
15h06 – Moraes reforçou que o não comparecimento de Garnier representa uma quebra de tradição e questionou se isso afetaria a transmissão de cargo. O comandante da Marinha afirmou que, naquela ocasião, a transferência do cargo foi conduzida pelo ministro da Defesa, José Múcio.
15h08 – José Aldo Rebelo Figueiredo, ex-ministro da Defesa do governo de Dilma Rousseff, iniciou o depoimento.
15h08 – Ao ser questionado pelo advogado Demóstenes Torres se seria possível a Marinha dar um golpe sozinha, em referência ao trecho da denúncia que diz que Garnier colocou as tropas à disposição do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), Rebelo atribuiu à fala a uma figura de linguagem.
15h08 – Na sequência, Moraes interveio:“ o sr. estava naquela reunião? Não? Então, o sr. não tem condições de avaliar a língua portuguesa naquela ocasião. Atenha-se aos fatos”, disse. A partir daí, os ânimos se exaltaram.
15h09 – Aldo Rebelo rebateu: “em primeiro lugar, a minha apreciação da língua portuguesa é minha”.
15h10 – Moraes subiu o tom: “se o senhor não se comportar, o senhor será preso por desacato”.
15h10 – Rebelo respondeu: “Eu estou me comportando, ministro”.
15h10 – Moraes: “Então responda a pergunta. Responde sim ou não”.
15h11- Moraes ponderou: “o senhor tem toda a liberdade de fazer a resposta fática, já que o senhor foi ministro da Defesa”.
15h12 – Ao retomar o depoimento, Rebelo disse que a Marinha não tem condições de aplicar um golpe sozinha, precisaria da adesão das outras Forças, afirmando que “qualquer comando dentro das Forças Armadas tem que consultar toda a hierarquia”. Depois disso, o ex-ministro questionou se o
15h13 – Gonet interrompeu e disse que não cabia à testemunha fazer perguntas. Rebelo rebateu: “não estou fazendo pergunta nenhuma”.
15h14- Ao ter a palavra, Aldo Rebelo tentou novamente fazer questionamentos sobre o inquérito e foi interrompido por Moraes: “se o senhor quer saber, depois o senhor vai ler na imprensa”, afirmou o ministro.
15h15- Moraes ressaltou que era preciso conduzir o depoimento com seriedade e rebateu a resposta de Rebelo, afirmando que, “em 1964, não foi ouvida toda a carreira de comando para se aplicar o golpe militar”.
15h22 – Gonet perguntou se sem o apoio da Marinha, o golpe poderia ser aplicado.
15h23 – Rebelo reagiu: “o senhor está perguntado se a Marinha iria aplicar um golpe?
15h24 – Moraes interveio e pediu para Gonet refazer a pergunta.
Sem o Exército, a Marinha poderia promover uma ruptura institucional?
15h25 – O ministro Alexandre de Moraes encerrou a audiência.