Da Redação
O Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP 3.0) chegou ao primeiro aniversário consolidado como uma das principais ferramentas tecnológicas do sistema prisional brasileiro. Criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o sistema vem se destacando por oferecer dados em tempo real sobre mandados de prisão e pessoas privadas de liberdade em todo o país.
O BNMP 3.0 foi desenvolvido para centralizar e uniformizar informações do sistema carcerário, antes dispersas em bases distintas e frequentemente marcadas por inconsistências. Ao reunir os dados em uma única plataforma, o CNJ pretende oferecer uma visão mais clara da população carcerária e apoiar decisões judiciais e administrativas com maior precisão.
Cinco avanços em destaque
No balanço de um ano, o CNJ aponta cinco melhorias significativas. A primeira é a integração direta com tribunais estaduais, garantindo atualização imediata das informações.
Outro destaque é a produção de relatórios inteligentes, capazes de gerar indicadores estratégicos para a formulação de políticas públicas.
A ferramenta também ampliou o acesso para defensores e magistrados, fortalecendo a transparência.
Além disso, a automatização de registros reduziu falhas humanas e duplicidades, enquanto a nova interface mais intuitiva facilitou o uso para diferentes perfis de usuários.
Apoio à política criminal
O BNMP 3.0 é considerado peça-chave para enfrentar problemas estruturais do sistema prisional, como a superlotação e a ausência de dados confiáveis sobre mandados. Para especialistas, o acesso a informações precisas contribui não apenas para a gestão do sistema, mas também para embasar projetos de lei e iniciativas voltadas à ressocialização.
Perspectivas de expansão
Com os avanços já consolidados, o CNJ pretende dar novos passos no desenvolvimento da ferramenta. Entre as próximas metas estão a integração de dados de monitoramento eletrônico e a ampliação da interoperabilidade com outros órgãos, como o Ministério da Justiça e a Defensoria Pública.
A expectativa é que o BNMP 3.0 se torne cada vez mais um eixo estratégico da política criminal no país.