O Ministério Público Federal lançou nova edição da série “Me explica, MPF” abordando como a crise climática afeta o cotidiano da população. A iniciativa visa esclarecer os efeitos reais das mudanças climáticas e as ações do MPF para proteger a sociedade diante desses desafios.
As mudanças no clima não afetam todos da mesma forma. Tempestades e enchentes causam alagamentos, prejuízos materiais e deixam pessoas desabrigadas, enquanto secas prolongadas levam à falta de água e encarecimento da energia.
O calor excessivo piora doenças respiratórias e pressiona os sistemas de saúde, além de afetar a qualidade de vida nas cidades. Os efeitos são especialmente graves para populações vulneráveis como comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
É isso que o MPF está mostrando à população.
Atuação preventiva do MPF
O MPF tem atuação permanente para proteção do meio ambiente e da população. Em junho, após exigências do órgão, as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio elaboraram e testaram seus Planos de Ação de Emergência.
Os planos garantem segurança das barragens com mapeamento de áreas de risco, sistemas de alerta e procedimentos para evacuação da população. Incluem treinamentos e simulações de emergência com apoio da Defesa Civil e órgãos locais.
A iniciativa previne possíveis desastres como os ocorridos em Mariana e Brumadinho, garantindo proteção do meio ambiente e das comunidades locais no Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia.
Articulação institucional
A 4ª Câmara de Coordenação e Revisão, responsável por temas ambientais, atua conjuntamente com a 6ª Câmara, que trata de direitos de populações indígenas e comunidades tradicionais.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão também participa da articulação, buscando proteção de direitos humanos. Essa cooperação fortalece uma atuação transversal e coordenada, essencial para enfrentar desafios socioambientais.
O MPF também participará da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro. O foco será garantir que as decisões considerem proteção de direitos fundamentais e combate às desigualdades socioambientais.