O Superior Tribunal Militar expande o diálogo sobre políticas equitativas nos processos de contratação pública, incluindo entidades privadas como a Confederação Nacional da Indústria, na audiência pública agendada para 18 de agosto.
A ministra-presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, promove uma nova abordagem para políticas de equidade. A iniciativa busca propagar o compromisso social com práticas inclusivas tanto no setor público quanto privado. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirmou participação no evento.
A juíza auxiliar da Presidência, Amini Haddad conduziu as articulações com o setor empresarial. Durante reunião com dirigentes da CNI, apresentou detalhes sobre a Política de Estado Pró-Equidade. O diretor corporativo Cid Vianna elogiou a iniciativa e anunciou interesse em ações conjuntas.
Parceria estratégica com setor produtivo
A CNI demonstrou interesse em ampliar suas políticas antidiscriminatórias através da parceria. A entidade compromete-se a trazer o setor jurídico para projetos de contratações equitativas. O foco inclui salários equivalentes para homens e mulheres em cargos similares.
A colaboração também abrangerá exigências de compromisso com políticas de inclusão e equidade. Contratos futuros poderão estabelecer critérios específicos para fornecedores e prestadores de serviços. A medida visa institucionalizar práticas não discriminatórias no ambiente empresarial.
Guia ético em construção
Durante a audiência pública será formada uma comissão multissetorial. Representantes do setor público, iniciativa privada e sociedade civil trabalharão juntos. O objetivo é elaborar o “Guia Ético Equitativo para Contratos e Licitações Públicas”.
O documento servirá como mapa aplicável em todo o setor público brasileiro. A abrangência não se limitará apenas à Justiça Militar da União. O STM sinaliza implementação da responsabilidade social exigida pela Lei 14.133/2021.
Articulação interinstitucional
As reuniões preparatórias já incluem diversos órgãos estratégicos. Banco Central, Caixa Econômica Federal e secretarias distritais confirmaram interesse. OAB-DF, UnB e UFC também participam das discussões preliminares.
Entidades de classe como Sinduscon e Confederação Nacional do Comércio integram o projeto. A Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica ofereceu apoio técnico. O Major Brigadeiro Roberto Nunes confirmou participação na elaboração do guia.
O evento reunirá dezenas de entidades públicas e privadas confirmadas. A audiência pública representa marco na construção de políticas inclusivas na Justiça Militar. A iniciativa pode servir de modelo para outros órgãos do Poder Judiciário.
Controle e fiscalização
O Guia exercerá papel de controlador dos dispositivos da nova lei de licitações. A norma obriga observância de políticas de inclusão e equidade em contratações públicas. O documento orientará implementação prática dessas exigências legais.
A disseminação de práticas antidiscriminatórias também está prevista. O material servirá como referência para administradores públicos em todo o país. A fiscalização do cumprimento das disposições legais será facilitada através das diretrizes claras.