Da redação
Advocacia-Geral da União (AGU) informou à 7ª Vara Federal de Niterói, nesta segunda-feira (30), que vai cumprir voluntariamente pedido de nova autópsia no corpo de Juliana Marins, brasileira que morreu ao escalar um vulcão na Indonésia, no dia 21 de junho. O pedido foi feito pela Defensoria Pública da União (DPU) e, segundo a decisão da AGU, o corpo passará pelo novo exame assim que chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º/7).
Os interesses da família da jovem são representados pela DPU, que solicitou novo exame após dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia. O documento oficial não esclareceu o momento da morte após queda em trilha do vulcão Rinjani. Conforme a DPU, a necrópsia deve ocorrer em até seis horas após a aterrisagem em território nacional para garantir a preservação de evidências.
Inconsistências no laudo oficial geram pedido de reexame
Os interesses da família de Juliana Marins são representados pela DPU, que solicitou o novo exame após dúvidas geradas pela certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia. O documento oficial não esclareceu adequadamente o momento exato da morte após a queda na trilha do vulcão Rinjani, deixando lacunas importantes sobre as circunstâncias do falecimento.
Conforme orientação da DPU, a necrópsia deve ocorrer em até seis horas após a aterrisagem em território nacional para garantir a preservação de evidências cruciais para a investigação. Esse prazo é fundamental para que os peritos brasileiros possam realizar análises forenses precisas e esclarecer as dúvidas que permanecem sobre o caso.
A solicitação da nova autópsia reflete a necessidade de garantir que todas as questões técnicas e legais sejam adequadamente investigadas, proporcionando às autoridades brasileiras elementos suficientes para eventual responsabilização internacional e oferecendo à família respostas definitivas sobre as circunstâncias da morte.
Controvérsia sobre momento da morte alimenta suspeitas de omissão
A principal controvérsia em torno da morte de Juliana Marins está centrada na possível omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, situação que poderá levar à responsabilização civil e criminal. Após comoção mundial, o corpo foi retirado das imediações do vulcão Rinjani somente na terça-feira (24/6), três dias após o acidente inicial.
A primeira autópsia foi realizada na quinta-feira (26/6) em um hospital na ilha de Bali, quando o legista responsável declarou que o falecimento teria ocorrido logo após a queda da jovem, ainda no sábado (21/6), devido a um forte traumatismo craniano. Essa conclusão oficial, no entanto, contrasta com outras evidências disponíveis sobre o caso.
Por outro lado, imagens captadas por drones de turistas sugerem que Juliana tenha resistido ao acidente inicial e permanecido viva por dias aguardando pelo resgate que nunca chegou a tempo. Essa discrepância entre o laudo oficial e as evidências visuais alimenta suspeitas sobre a condução do resgate pelas autoridades locais.