A palestra proferida pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, em evento promovido pelo portal Hora Jurídica (Hjur), nesta quarta-feira (09/04), sobre o sistema de precedentes foi de enorme relevância, segundo avaliação de advogados presentes no encontro. 

A sistemática tem sido adotada pela Corte trabalhista e outros segmentos do Judiciário para agilizar os processos e garantir segurança jurídica, de modo a uniformizar a jurisprudência e resolver a questão da morosidade dos julgamentos.

No evento, o magistrado também reforçou a importância do sistema de precedentes para a redução da litigiosidade abusiva e a segurança nas relações de trabalho. 

 Para o advogado Matteus Macedo, especializado em Direito Penal Econômico, o encontro superou as expectativas.

 “Foi muito importante a parte em que o ministro afirmou que os precedentes contribuem para uma maior segurança jurídica”, frisou. 

De acordo com o advogado, ele e vários outros operadores de Direito já estão sentindo os efeitos dessa mudança no sistema e como tem sido absorvido pelas várias Cortes.

Macedo também destacou a questão dos desafios a serem enfrentados sobre o tema daqui por diante. 

“É como o ministro Corrêa da Veiga falou, o Código de Processo Civil entrou em vigor em 2015 e já falava no sistema de precedentes. Tivemos um avanço considerável nos últimos tempos quanto à uniformização, mas sabemos do desafio que será avançar ainda mais neste sentido”, observou.

Visão histórica

Outro participante do evento, o advogado Caio Vitor Nascimento, especialista em Direito Civil, destacou a visão histórica e a retrospectiva que o presidente do TST fez sobre a Justiça desde o início dos tempos até a atualidade. 

“Conhecemos a questão dos precedentes e sabemos a grande carga de processos que um magistrado precisa julgar. A sistematização por meio dessas novas regras é importante para todos nós”, afirmou.

Durante sua palestra, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga reforçou a relevância do sistema para a celeridade, a redução da litigiosidade abusiva e a segurança jurídica nas relações de trabalho. E deixou claro que “o entendimento da maioria será aquele que determinará o comportamento da Justiça”.

De acordo com o magistrado, se observado por todos, o sistema permitirá coisas importantes, como a autoridade da decisão e maior credibilidade por parte do Judiciário.