E deu Brasil no Oscar
Em feito histórico, Ainda Estou Aqui conquista prêmio de Melhor Filme Internacional.

Foto: Alile Dara Onawale/Sony Pictures/divulgação
Ainda Estou Aqui confirmou seu favoritismo alcançado nas últimas duas semanas e conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional. É a primeira vez que o cinema brasileiro ganha o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, o mais importante do cinema mundial. O filme conta a história de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, torturado e morto por agentes do Estado durante a ditadura militar.
"Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu nao se dobrar e resistir... Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro", disse Walter Salles durante seu discurso e agradecimento.
Fernanda Torres, que interpreta a protagonista Eunice Paiva e concorria na categoria de Melhor Atriz, perdeu a estatueta para Mikey Madson, de Anora, o grande vencedor da noite com cinco estatuetas, ganhando também como Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original e Montagem. Quatro desses prêmios vão para a estante do seu diretor, roteirista, produtor e montador Sean Baker, que fez uma emocionada e contundente defesa do cinema.
Adrien Brody ganhou seu segundo Oscar de Melhor Ator, por O Brutalista. Na premiação de coadjuvante venceram os favoritíssimos Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor; e Zoe Saldaña, por Emília Pérez.
E vale o registro: com a vitória de Anora é a primeira vez que uma obra protagonizada por uma prostituta ganha como Melhor Filme.
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