• Quem somos
  • Equipe
  • Política de Respeito à Privacidade
  • Fale Conosco
  • Artigos
sábado, junho 14, 2025
HJur Hora Juridica
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • Login
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
HJUR Hora Jurídica
Sem Resultados
Ver todos os Resultados

Golpe de Estado não se dá de repente

Jeffis Carvalho Por Jeffis Carvalho
1 de maio de 2025
no Artigo, Direito à Arte
0
Golpe de Estado não se dá de repente

Segunda-feira, dia 31, completam-se 61 anos do golpe militar que instaurou no Brasil a ditadura que durou 21 anos. Na noite daquele 31 de março de 1964, o general Olympio Mourão Filho partiu de Juiz de Fora com tanques e blindados rumo ao Rio de Janeiro. Tinha início mais uma das intervenções dos militares na República brasileira – aliás, proclamada por um marechal e também instalada por meio de um golpe. Durante muito tempo sempre se procurou propagar a história de que o golpe de 64 ocorreu quase de repente, fruto de mais uma crise do poder civil e com a população exigindo intervenção das Forças Armadas diante de uma possível ameaça comunista – vivia-se, então, os anos da guerra fria. 

Mas, na última terça-feira, durante o seu voto no julgamento da aceitação ou não da denúncia da Procuradoria Geral da República contra os responsáveis pela última tentativa de golpe que culminou no 8 de janeiro de 2023, a ministra Carmem Lúcia, decana da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, fez questão de lembrar que um golpe se prepara, se articula, não é gerado por combustão espontânea; muito pelo contrário. A ministra citou a historiadora Heloísa Starling, coordenadora do Projeto República, da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, e mineira como ela. Em seu voto, Cármen Lúcia destacou que no livro A Máquina do Golpe – 1964: Como Foi Desmontada a Democracia no Brasil (Companhia das Letras, 2024) a professora Heloísa esmiúça o golpe de 64, ponto a ponto, e demonstra que ele foi fruto de muita preparação e que a intempestividade do general Mourão apenas precipitou os acontecimentos. O livro trata dos detalhes que tornaram o golpe bem-sucedido, “não apenas na deposição de um presidente democraticamente eleito, como na tomada e manutenção do poder”.

LEIA TAMBÉM

A internet, o namoro e a IA

Vanilo de Carvalho: Harvard sob ataque

Heloísa Starling narra como o movimento de ruptura democrática do país foi bem preparado, porque resultou de um projeto de conspiração militar, com o apoio de empresários e parte da sociedade. 

“Você monta uma rede de conspiração com alguns atores muito importantes. Um grupo são os grandes empresários e banqueiros  que vão se articular junto com a Escola Superior de Guerra e essa rede vai permitir recursos financeiros, montagem de projeto político etc. Esse é um elo. Outro elemento importante que permite a sustentação do golpe é o fato de que uma fatia da sociedade vai para a rua fazer a Marcha da Família apoiando o golpe”, diz ela. 

Pós-golpe, como mantê-lo? A historiadora prossegue mostrando o planejamento que possibilitou que os golpistas permanecessem no poder. Para isso, ela destaca que a máquina de propaganda teve um papel importante para os movimentos de derrubada do governo democrático, a instalação de uma ditadura e sua perpetuação por décadas.

“O terceiro elemento foi a criação de uma propaganda ao mesmo tempo capaz de desmoralizar o governo de João Goulart e criar o pânico do comunismo, de que o Brasil estava correndo perigo. Essa propaganda passa tanto pela imprensa como pela criação de revistas, panfletos… eles também fazem algo interessantíssimo que são filmes curtos de propaganda e passam isso em cidades do interior”, escreve Heloisa.

E nos chama a atenção para um fato.

“Pensa só: se reuniam todos na praça para ver um filme e ali você faz propaganda ideológica. Além disso, houve apoio internacional. Se você junta esse quebra-cabeça, a gente consegue começar a entender que os militares não estavam sozinhos e esse foi um projeto muito grande”.

“A Máquina do Golpe – 1964: Como Foi Desmontada a Democracia no Brasil” foi produzido em fascículos digitais pela Companhia das Letras. O primeiro fascículo está disponível para download na biblioteca digital de plataformas como o Google, Apple e Amazon por R$ 9,90. 

O link: A MÁQUINA DO GOLPE, VOL. 1: ENGRENAGENS MILITARES E APOIO EXTERNO – Heloisa Murgel Starling – Companhia das Letras

Jeffis Carvalho é jornalista, roteirista e editor de Cinema do Estado da Arte, do Estadão. 

* Os textos das colunas, análises e artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do Hjur. 

Autor

  • Jeffis Carvalho
    Jeffis Carvalho

Post Views: 26

Relacionados Posts

A internet, o namoro e a IA
Comportamento

A internet, o namoro e a IA

13 de junho de 2025
Vanildo de Carvalho
Artigo

Vanilo de Carvalho: Harvard sob ataque

9 de junho de 2025
A regente búlgara Delyana Lazarova dirige a Osesp
Direito à Arte

A música celebra a natureza, por Jeffis Carvalho

9 de junho de 2025
Andressa Paz
Artigo

Andressa Paz: Flexibilizão do licenciamento ambiental e retrocesso estrutural — um alerta

5 de junho de 2025
Clint Eastwood
Cultura

Os 95 anos do olhar de Clint Eastwood, por Jeffis Carvalho

2 de junho de 2025
João Caetano Muzzi Filho, advogado, doutor em Direito Tributário (UFMG)
Artigo

João Caetano Muzzi Filho: O que é Ato Cooperativo, Afinal?

29 de maio de 2025
Próximo Post
Legalidade da revista íntima nos presídios na pauta do STF

Legalidade da revista íntima nos presídios na pauta do STF

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NOTÍCIAS POPULARES

Sem conteúdo disponível

ESCOLHIDAS PELO EDITOR

A foto mostra o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso em sessão no plenário. Ele é um homem branco, com cabelos grisalhos e usa uma toga preta.

Barroso nega censura em julgamento sobre responsabilidade de big techs

4 de junho de 2025
Barroso corrige dados sobre custos do Judiciário e rebate críticas sobre gastos excessivos

Barroso corrige dados sobre custos do Judiciário e rebate críticas sobre gastos excessivos

5 de fevereiro de 2025
MPF apura descumprimento da Convenção de Haia em casos de mães que perderam guarda de filhos

MPF apura descumprimento da Convenção de Haia em casos de mães que perderam guarda de filhos

4 de abril de 2025

Barroso defende união dos três poderes em abertura do ano judiciário

3 de fevereiro de 2025

Sobre

Hora Jurídica Serviços de Informação e Tecnologia Ltda. - CNPJ 58.084.027/0001-90, sediado no Setor Hoteleiro Norte, Quadra 1, lote “A”, sala 220- Ed. Lê Quartier, CEP:70.077-000 - Asa Norte - Brasília-DF

Siga-nos

Últimos artigos

  • Moraes determina que Instagram preserve o perfil supostamente usado por Mauro Cid
  • A internet, o namoro e a IA
  • Ministra Liana Chaib, do TST, determina a empresa que faça cálculo provisório para manter cota legal de PcDS
  • Em depoimento à PF, Mauro Cid nega plano para fugir do país 
  • JF mantém validade de resolução da Anvisa que proíbe uso de câmaras de bronzeamento no país
  • Home Page 1
  • Home Page 2
  • Purchase JNews
  • Intro Page
  • JNews Demos
  • Contact Us

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Sem Resultados
Ver todos os Resultados
  • STF
  • Hora do Cafezinho
  • Palavra de Especialista
  • OAB
  • Congresso Nacional
  • Artigos

© 2025 Todos direitos reservados | HJUR Hora Jurídica