Da Redação
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump, sancionou nesta segunda-feira (22/09) a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a Lei Magnitsky, que já tinha sido aplicada ao magistrado em julho passado e é utilizada pelo governo norte-americano para punir estrangeiros.
A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano. Com a designação, todos os eventuais bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ela.
Com a medida, nem o ministro nem a esposa podem realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA usando cartões de crédito de bandeira americana, por exemplo.
Estratégia de retaliação
A sanção da esposa de Moraes com a lei Magnitsky compõe uma estratégia de retaliação do governo Trump contra o ministro do STF, uma vez que no último dia 11, o Tribunal condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Viviane é advogada e tem acompanhado Moraes em suas atividades públicas. Ela é sócia da Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa de advocacia sediada em São Paulo que também foi sancionada pelos EUA nesta segunda.
Acusações sem provas
Na época da sanção a Moraes, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, chamou o ministro do STF de “violador de direitos humanos” e “responsável por uma campanha opressiva de censura”, porém sem apresentar provas.
Até agora nem o magistrado nem sua esposa e nem demais ministros que integram o STF se manifestaram sobre a medida.
— Com Agências