Nana Caymmi, uma das vozes mai marcantes da MPB

Morre Nana Caymmi

Há 6 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira, faleceu nesta quinta-feira (1) aos 84 anos, na Clínica São José, em Botafogo, Rio de Janeiro, onde estava internada desde agosto passado para tratamento de arritmia cardíaca.

Uma vida dedicada à música

Nascida Dinahir Tostes Caymmi em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro, Nana era filha do lendário compositor baiano Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris.

Primogênita de uma família que se tornaria um dos pilares da música brasileira, Nana foi seguida pelos irmãos Dori (1943) e Danilo (1948), ambos também músicos.

Sua estreia em disco aconteceu em 1960, quando ainda adolescente gravou “Acalanto”, composição que seu pai fez em sua homenagem e que se tornou conhecida pela famosa canção de ninar.

Carreira internacional e casamentos

Em 1961, surpreendentemente, Nana interrompeu a carreira musical para se casar com o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudar-se para a Venezuela, onde nasceram suas filhas.

Três anos depois, participou do disco “Caymmi visita Tom e leva seus filhos”, e em 1965 gravou seu primeiro LP, “Nana”, decisão que precipitou o fim de seu casamento.

De volta ao Brasil, venceu o I Festival Internacional da Canção da TV Globo em 1966, interpretando “Saveiros”, composição de seu irmão Dori com Nelson Motta.

Sucesso na MPB

O álbum que projetou definitivamente Nana no cenário da MPB foi lançado em 1975, com interpretações memoráveis de “Ponta de areia” e uma versão definitiva de “Só louco”.

Nos anos seguintes, consolidou-se como intérprete refinada, trabalhando com nomes como Milton Nascimento, Toninho Horta, João Donato e mantendo parcerias importantes com grandes pianistas brasileiros.

Nos anos 1990, surpreendeu ao lançar “Bolero”, um disco que vendeu quase 100 mil cópias, apesar de tê-lo gravado “morrendo de vergonha”, segundo suas próprias palavras.

Últimos anos

Em 2008, com o falecimento dos pais num curto intervalo de tempo, Nana chegou a cogitar abandonar a carreira, mas logo retornou às atividades.

Afastada dos palcos desde 2016, após uma cirurgia para remoção de um tumor no estômago, continuou gravando discos aclamados pela crítica e pelo público.

Em 2019 e 2021, foi indicada ao Grammy Latino por trabalhos como “Nana Caymmi canta Tito Madi” e “Nana, Tom, Vinícius”, reafirmando sua importância artística.

Em uma entrevista ao GLOBO em 2021, mostrou seu habitual estilo franco: “Não pisei na bola no meu repertório, não gravei o que não queria ter gravado, teria feito tudo igual”.

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