Parlamentares governistas criticam: “Fux agiu como advogado de defesa de Bolsonaro”

Há 2 meses
Atualizado quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Por Hylda Cavalcanti

Somente por volta da 20h e 30, parlamentares da base do Governo se manifestaram sobre o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois de oito horas de leitura. Como o. inistro ainda não terminou, a previsão é de que o voto deve se estender até o começo da madrugada. Eles afirmaram que a avaliação principal é de que o magistrado agiu como “um verdadeiro advogado de defesa dos réus e do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

O processo que está sendo julgado é a Ação Penal 2668, sobre tentativa de golpe de Estado e violação ao estado democrático de Direito.

Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, Rogério Correia (PT-MG) e Ivan Valente (PSol-SP) reforçaram que têm expectativa de que o resultado do julgamento seja positivo do ponto de vista deles. Eles aguardam os votos da ministra Carmen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin Martins, previstos para serem os próximos apresentados, ao longo da semana.

“Serão votos acolhendo a posição do relator, ministro Alexandre de Moraes, pela condenação dos oito réus, incluindo o ex-presidente. Essa é nossa expectativa”, disse Lindbergh Farias. “Se vocês nos perguntarem se esperávamos por isso, nossa resposta é não. É impressionante como um ministro atribui a culpa ao ajudante de ordens e não aos peixes grandes do esquema criminoso”, completou.

“Incoerência do ministro”

O líder petista acrescentou que considera “uma grande incoerência” o fato de o magistrado ter votado para condenar, meses atrás, cerca de 400 manifestantes que participaram dos atos antidemocráticos e os apontado como “responsáveis por organização criminosa” e ao mesmo tempo ter divergido do voto do relator da ação penal, que condenou claramente o ex-presidente.

“A culpa é dos peixinhos. Os tubarões não sairão responsabilizados, conforme a visão do ministro Luiz Fux. Foi um voto violento, muito bem compilado, cínico e provocativo. Temos muita certeza de que, como hoje o magistrado que se manifestou não aceitou apartes, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino pedirão a palavra na próxima sessão para rebater vários pontos apresentados, além dos ministros que ainda vão votar”, frisou Rogério Correia.

Placar do julgamento

Rogério Correia, por sua vez, avaliou que o voto apresentou “um lado positivista de Direito e negacionista do ponto de vista da história do Brasil”. Para boa parte dos parlamentares da base do Governo, o voto teve a finalidade de fazer o julgamento ter um placar de 4 a 1, em vez de a condenação dos réus ser por unanimidade.

O advogado Celso Villardi, da equipe da defesa do ex-presidente Bolsonaro, que deixou o STF logo após os parlamentares, disse que estava bastante satisfeito por ver que o ministro tinha acolhido na íntegra os argumentos apresentados pela defesa.

“Foi um voto absolutamente técnico que abordou todo o processo de forma exaustiva e deu procedência à tese da defesa”, enfatizou..

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