Jornalistas anotam e gravam apuração

ABRAJI pede ao STF que reveja proibição de gravação de audiências

Há 7 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revisão da decisão que proibiu jornalistas de gravarem áudios ou imagens nas audiências sobre a suposta trama golpista. Os depoimentos estão programados para começar na próxima semana e incluem como réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Restrição à imprensa

A decisão do STF impede que profissionais de comunicação façam registros de áudio ou visuais durante as sessões em que serão ouvidos os envolvidos na ação penal que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado. A medida afeta diretamente a cobertura jornalística de um dos processos de maior interesse público em andamento no país.

Segundo a Abraji, a restrição representa um obstáculo ao trabalho da imprensa na cobertura de um caso de grande relevância nacional. A associação argumenta que o acesso a registros completos das audiências é fundamental para garantir uma cobertura precisa e contextualizada dos acontecimentos.

Defesa da transparência

Em seu pedido de reconsideração, a entidade destaca a importância da transparência em processos de interesse público e o papel essencial do jornalismo na intermediação entre as instituições e a sociedade. A Abraji enfatiza que a gravação de audiências em processos de grande repercussão permite que a imprensa cumpra seu papel informativo com maior precisão.

O caso tem como um dos réus o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de outros sete investigados por supostamente planejarem ações para impedir a posse do presidente eleito em 2022. A investigação ganhou notoriedade após a divulgação de gravações de reuniões em que teria sido discutida a possibilidade de interferência no resultado eleitoral.

Princípio da publicidade

A associação argumenta que a restrição contraria o princípio constitucional da publicidade dos atos processuais, especialmente considerando a relevância do caso para a democracia brasileira. A entidade defende que o registro das audiências não compromete o andamento do processo e contribui para a informação adequada da sociedade.

Até o momento, o STF não se manifestou sobre o pedido de reconsideração apresentado pela Abraji. As primeiras audiências estão programadas para a próxima semana e devem incluir o depoimento de testemunhas-chave no processo que investiga a suposta articulação de um plano para impedir a transição de governo.

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