Jair Bolsonaro entre seus advogados

Bolsonaro movimentou R$ 30 bi em um ano; PF suspeita de lavagem

Há 4 meses
Atualizado sexta-feira, 22 de agosto de 2025

A Polícia Federal identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em suas contas bancárias no período entre março de 2023 e fevereiro de 2024. O relatório de inteligência financeira, enviado ao Supremo Tribunal Federal, aponta indícios de lavagem de dinheiro e integra o inquérito no qual Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro foram indiciados por coação e ameaça ao Estado Democrático de Direito.

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O documento da PF revela que a maior parte dos valores transitou através de transferências Pix. Foram registrados mais de 1,2 milhão de lançamentos, totalizando aproximadamente R$ 19 milhões. Os débitos no período atingiram R$ 30,5 milhões, valores considerados atípicos pelos investigadores.

Família Bolsonaro recebeu milhões em transferências

Eduardo Bolsonaro movimentou R$ 4,1 milhões entre setembro de 2023 e junho de 2024. O vereador Carlos Bolsonaro recebeu R$ 4,8 milhões no mesmo período. Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, teve R$ 2,9 milhões creditados em suas contas.

A investigação identificou uma transferência específica de R$ 2 milhões para Eduardo. O valor foi enviado quando o deputado já estava nos Estados Unidos. Segundo a PF, esse repasse financiaria as atividades do parlamentar no exterior.

Operações suspeitas identificadas pelo Coaf

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras detectou quatro operações financeiras suspeitas. Essas movimentações ocorreram entre março de 2023 e junho de 2024. Os investigadores apontam possíveis crimes de lavagem de dinheiro relacionados às transações.

A transferência para Michelle Bolsonaro teria objetivo específico, segundo a PF. Os investigadores concluíram que o valor visava proteger o patrimônio familiar. A medida anteciparia possíveis bloqueios judiciais dos bens do ex-presidente.

Advogados também receberam valores elevados

Os defensores de Bolsonaro receberam transferências de grande valor durante o período investigado. Esses repasses integravam a estratégia de custeio da defesa jurídica. O ex-presidente alegou que os recursos provinham de campanha de apoiadores.

Indiciamento por coação às autoridades

A PF concluiu que Eduardo Bolsonaro atua nos Estados Unidos para coagir autoridades brasileiras. Essas autoridades investigam e julgam processos envolvendo seu pai. O financiamento dessa atuação teria origem nas transferências identificadas pela investigação.

Bolsonaro responde a processo por tentativa de golpe de Estado no STF. O julgamento está previsto para setembro próximo, com expectativa de condenação. A defesa do ex-presidente manifestou surpresa com o indiciamento, mas não comentou as movimentações financeiras.

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