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A cama-de-gato da defesa de Bolsonaro para encrencar o delator Mauro Cid

Fábio Pannunzio Por Fábio Pannunzio
13 de junho de 2025
no Análise, Manchetes
0
Bolsonaro e Mauro Cid

Provas obtidas pela revista VEJA revelam que o tenente-coronel Mauro Cid mentiu ao Supremo Tribunal Federal durante interrogatório sobre uso de redes sociais. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro negou ter utilizado o Instagram para conversar sobre sua delação premiada, mas mensagens apresentadas em juízo comprovam exatamente o contrário.

Durante audiência no STF, o advogado Celso Vilardi, integrante da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, questionou diretamente Mauro Cid sobre a utilização do perfil @gabrielar702 no Instagram, registrado em nome da esposa do tenente-coronel. Cid negou categoricamente ter usado qualquer perfil para dialogar sobre sua colaboração. No entanto, documentos apresentados posteriormente confirmaram que o perfil foi utilizado intensamente entre janeiro e março de 2024, justamente para discutir questões relacionadas ao processo de delação.

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O episódio trouxe à tona uma suspeita relevante: como a defesa de Bolsonaro sabia, com precisão, detalhes sobre um perfil privado atribuído à esposa de Mauro Cid, se este nunca havia sido mencionado publicamente? A circunstância indica fortemente que foram os próprios advogados do ex-presidente que vazaram ou providenciaram o vazamento dessas informações estratégicas, criando assim uma armadilha para desacreditar o principal delator do caso.

As mensagens vazadas evidenciam clara violação do acordo de colaboração premiada homologado pelo ministro Alexandre de Moraes. Cid estava proibido de se comunicar com outros investigados ou comentar detalhes da delação, o que acabou descumprindo. Nas conversas, Cid ainda fez duras críticas ao ministro Moraes, chamando-o de “cão de ataque” e acusando-o de ter “sentença pronta” contra Bolsonaro e outros integrantes do núcleo investigado.

Consequências graves para Cid

O flagrante da mentira durante o depoimento ao STF pode ter consequências devastadoras para Mauro Cid, já que a revelação dessa violação do acordo pode levar à anulação integral da colaboração premiada. Se isso ocorrer, Cid ficará sujeito novamente às acusações originais, que podem resultar em penas de até 40 anos de prisão.

Os benefícios originalmente negociados pelo tenente-coronel, incluindo perdão judicial ou uma condenação restrita a até dois anos (o que o livraria da prisão devido ao período já cumprido com tornozeleira eletrônica), também seriam perdidos. Além disso, familiares como seu pai, general Lourena Cid, sua esposa e filha poderiam perder a proteção policial prevista no acordo.

A implicação da defesa de Bolsonaro

Juristas apontam que o contexto da revelação dessas mensagens por parte da defesa do ex-presidente Bolsonaro parece sugerir uma estratégia deliberada para enfraquecer Mauro Cid e comprometer toda a investigação que depende fortemente de suas revelações. Gustavo Sampaio, professor de direito constitucional da UFF, destacou que “se a colaboração cair, isso enfraquece significativamente o conjunto probatório já coletado”.

É essencial notar que Mauro Cid é peça-chave no processo: citado 179 vezes na denúncia da Procuradoria-Geral da República, suas informações forneceram detalhes cruciais sobre a suposta tentativa de golpe. Com o vazamento dessas mensagens e o questionamento feito diretamente por Vilardi em juízo, cria-se um cenário altamente favorável à defesa de Bolsonaro, que pode agora argumentar sobre a falta de credibilidade do principal delator.

A suspeita, portanto, é clara: a defesa de Bolsonaro teria, de forma calculada, provocado a revelação dessa comunicação proibida, expondo Mauro Cid a uma situação juridicamente comprometedora e potencialmente anulando provas essenciais contra o ex-presidente. O perfil @gabrielar702 foi retirado do ar imediatamente após o interrogatório, o que adiciona um elemento a mais de suspeição sobre essa estratégia deliberada.

Autor

  • Fábio Pannunzio
    Fábio Pannunzio

Post Views: 153
Tags: Bolsonarocama-de-gatoMauro Cidmentiras

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