CNJ lança nova fase do Pacto Nacional do Poder Judiciário pelos Direitos Humanos

CNJ lança terceira fase do Pacto Nacional do Poder Judiciário pelos Direitos Humanos 

Há 2 meses
Atualizado quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Da Redação

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou oficialmente a terceira fase do Pacto Nacional do Judiciário pelos Direitos Humanos. Sob o lema “Todo juiz nacional é um juiz interamericano”, a nova etapa foi vista como um avanço na incorporação dos parâmetros do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH) na atuação do Judiciário brasileiro. A cerimônia foi realizada na manhã desta quarta-feira (22/10), no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O presidente do CNJ e do STF, ministro Edson Fachin, afirmou que a nova etapa do pacto tem como objetivo incentivar a magistratura brasileira a intensificar o diálogo com o SIDH para a incorporação prática dos parâmetros protetivos internacionais. 

Estatuto da magistratura

O ministro destacou a elaboração do Estatuto da Magistratura Brasileira Interamericana, uma iniciativa pioneira, que estabelecerá diretrizes, práticas e responsabilidades de juízas e juízes brasileiros à luz do Sistema Interamericano.   

“A normativa orientará os tribunais brasileiros a apoiarem a magistratura na aplicação da jurisprudência interamericana, reforçando o compromisso das magistradas e magistrados com a promoção dos direitos humanos”, disse Fachin.  

Desaparecimento forçado

Durante a cerimônia, Fachin apresentou a nota técnica favorável à tipificação do crime de desaparecimento forçado de pessoas – aprovada por unanimidade pelo Plenário do órgão no dia 14 de outubro – e encaminhada ao Congresso Nacional, em cumprimento a uma determinação da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH).   

Ao todo, 11 ações estratégicas compõem essa nova fase, que busca tornar o controle de convencionalidade –  que garante a compatibilidade das leis brasileiras com os tratados internacionais do tema – uma prática cotidiana em todas as instâncias da Justiça. 

A coordenação das ações está a cargo da Unidade de Monitoramento e Fiscalização das Decisões do Sistema Interamericano de Direitos Humanos (UMF/CNJ), que atua no fortalecimento da cultura de direitos humanos e na articulação com tribunais e unidades locais. O Brasil é o único país com uma estrutura nacional dedicada exclusivamente ao monitoramento das decisões da Corte IDH.  

Exemplo brasileiro

Presente na cerimônia, a presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Nancy Hernandez, destacou que o dia de hoje é muito importante para a Justiça interamericana, para a democracia e para os direitos humanos, mas sobretudo para as vítimas por trás dos casos. 

O Pacto foi lançado em março de 2022, e, desde então, tem promovido uma transformação progressiva na forma como o Judiciário brasileiro se relaciona com os compromissos internacionais assumidos pelo país. 

— Com informações do CNJ

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