O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu à abertura de inquérito contra ele pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ampliando suas críticas às autoridades brasileiras e reiterando pedidos de intervenção americana. Em manifestação nas redes sociais, Bolsonaro disse que o nome de Gonet será incluído, junto com o do ministro Alexandre de Moraes, como “principais violadores de direitos humanos” em suas articulações nos Estados Unidos.
O inquérito foi aberto contra Eduardo Bolsonaro por suposta prática do crime de abolição violenta do Estado, democrático de direito, coação no curso de processo e atentado à soberania nacional , que prevê pena de até 12 anos de prisão. A investigação decorre da atuação do deputado licenciado em território americano, onde tem buscado apoio para pressionar autoridades brasileiras.
Bolsonaro classifica medida como “injusta e desesperada”
Em sua resposta, Eduardo Bolsonaro classificou a abertura do inquérito como uma “medida injusta e desesperada” que confirma suas denúncias sobre o sistema judiciário brasileiro. Segundo ele, o país vive um “regime de exceção” onde as decisões judiciais dependem de “quem seja o cliente”.
O deputado licenciado comparou sua situação com ações internacionais realizadas pela esquerda no passado contra ministros do STF e a Presidência da República. Ele alegou que essas ações foram “muito mais agressivas” e nunca resultaram em investigações.
Críticas diretas ao procurador-geral Paulo Gonet
Eduardo Bolsonaro dirigiu críticas pessoais ao procurador-geral Paulo Gonet, questionando sua conduta como católico. Segundo o deputado licenciado, Gonet “se prestou ao papel sujo e covarde de prender pessoas inocentes” nos processos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes.
O parlamentar fez referência ao caso do deputado Daniel Silveira, condenado a mais de oito anos de prisão, e mencionou situações envolvendo “senhoras desarmadas” e a morte de “Clesão”. Essas referências aparecem no contexto de suas críticas aos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
Apelo por sanções americanas contra autoridades brasileiras
Eduardo Bolsonaro reafirmou sua expectativa de que o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o presidente Donald Trump não “acolherão a narrativa da esquerda”. Ele pediu que os Estados Unidos mantenham sanções contra o que considera “os maiores violadores de direitos humanos da história do Brasil”.
O deputado licenciado vê uma “chance de ouro” para os americanos resgatarem sua “tradição de exportadores de liberdades e democracia”. Segundo ele, punições exemplares contra Moraes e sua “quadrilha tirânica” serviriam de exemplo para outros países.
Estratégia de permanência nos Estados Unidos
O parlamentar confirmou que permanece nos Estados Unidos justamente por antever reações das autoridades brasileiras. Ele disse já saber que essa seria “a reação dos serviçais do regime” e que isso não o impedirá de continuar suas articulações.
Eduardo Bolsonaro comparou a situação a um “afogado que se debate para tentar se salvar, mas na verdade só faz afundar mais”. Para ele, o inquérito “consolida o ponto de não retorno” nas relações entre as autoridades brasileiras e americanas.
Veja abaixo o vídeo em que Eduardo Bolsonaro faz a ameaça ao Procurador-Geral da República: