Lideranças da extrema-direita brasileira e norte-americana reagiram com indignação à condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal, classificando o julgamento como “perseguição política” e “farsa”. Os filhos do ex-presidente, Carlos e Flávio Bolsonaro, lideraram ofensiva nas redes sociais usando hashtag “Suprema Perseguição – Querem Matar Bolsonaro”. Políticos republicanos americanos como Marco Rubio e Maria Elvira Salazar condenaram decisão e prometeram resposta adequada dos Estados Unidos. O próprio Donald Trump manifestou apoio a Bolsonaro em entrevista, comparando caso com processos que enfrentou na Justiça americana.
Carlos Bolsonaro denunciou retirada de porte de arma após julgamento, relacionando medida com “escalada de assassinatos de quem é de direita”. O vereador carioca citou tentativa de atentado contra o pai e ameaças diárias nas redes sociais. “Nada disso é por acaso, e tudo tem um objetivo”, declarou filho mais novo do ex-presidente.
Filhos questionam fundamentação jurídica das condenações
Flávio Bolsonaro criticou duramente voto da ministra Cármen Lúcia por não individualizar condutas específicas dos réus. “Pessoas que não se conhecem e nunca se falaram passaram a integrar uma organização criminosa”, protestou o senador. Segundo ele, “discurso virou prova de premeditação” e “narrativas viraram fundamento jurídico” durante julgamento.
O parlamentar acusou Alexandre de Moraes de transformar STF em “grande teatro” para se vingar pessoalmente de Bolsonaro. “A mais alta Corte do Judiciário está fazendo justiçamento com as próprias mãos em praça pública”, declarou Flávio. Críticas questionaram legitimidade técnica das decisões tomadas pela Primeira Turma do tribunal.
Damares Alves, ex-ministra e senadora, prometeu não descansar “enquanto tamanha injustiça estiver sendo perpetrada no Brasil”. A parlamentar negou existência de tentativa golpista argumentando que “não existe golpe sem deposição de governo”. Damares manifestou confiança na aprovação futura de projeto de anistia no Congresso Nacional.
Pastor Malafaia defende anistia “ampla, geral e irrestrita”
Silas Malafaia endossou posição de Flávio Bolsonaro contra qualquer anistia parcial para envolvidos nos atos de janeiro. “Diante da farsa do pseudo golpe sendo desmascarada no STF, só nos resta uma anistia ampla, geral e irrestrita”, declarou o pastor. Líder religioso classificou outras propostas como “conversa fiada para enganar o povo”.
O pastor organizador do ato de 7 de setembro chamou parlamentares favoráveis à anistia restritiva de “covardes de plantão”. Malafaia reforçou alinhamento com setor mais radical do bolsonarismo que rejeita negociações sobre perdão parcial. Posicionamento contraria articulações moderadas em curso no Senado Federal sobre o tema.
Republicanos americanos prometem reações às condenações
O senador Marco Rubio classificou Alexandre de Moraes como “violador de direitos humanos” e prometeu resposta americana à “caça às bruxas”. A deputada Maria Elvira Salazar caracterizou data como “sombria e vergonhosa para a democracia brasileira”. Segundo ela, condenação representa “vingança política” disfarçada de processo judicial.
Salazar comparou ministros brasileiros a ditadores e defendeu que “povo brasileiro merece tribunais justos, eleições livres e líderes escolhidos nas urnas”. A congressista prometeu apoio americano à “democracia brasileira” contra “vergonhoso abuso de poder” do Judiciário nacional.
Donald Trump manifestou apoio direto a Bolsonaro em entrevista ao jornalista David Alandete. “Como líder estrangeiro, achei que ele era um bom presidente. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo”, comparou Trump. Presidente americano sugeriu que casos compartilham semelhanças de perseguição política por tribunais.
Paulo Figueiredo compartilhou declarações de Rubio com comentário lacônico “Tic. Tac”, sugerindo iminência de retaliações americanas. Analista conservador tem articulado junto com Eduardo Bolsonaro pressões internacionais contra autoridades brasileiras. Estratégia busca isolar Brasil diplomaticamente em resposta às condenações do STF.