Da Redação
O empresário e ex-candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições do ano passado, Pablo Marçal (PRTB) foi condenado pela Justiça Eleitoral por difamação eleitoral (Art. 325 do Código Eleitoral) contra a deputada federal Tábata Amaral (PSB), também ex-candidata. Ele acusou a deputada, durante a campanha, de ter sido indiretamente responsável pela morte do próprio pai.
Tudo começou em um podcast realizado em julho de 2024. Na ocasião Marçal afirmou textualmente que Tabata teria abandonado o pai ao se mudar para os Estados Unidos para cursar a faculdade Harvard.
Fato falso
Segundo o Ministério Público, Marçal atribuiu a Tabata um fato falso — o suposto abandono do pai em seu leito de morte — com a intenção de prejudicar sua imagem perante o eleitorado paulistano. A declaração foi feita em entrevista ao Podcast IstoÉ em 4 de julho de 2024.
“Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele, e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard, e o pai acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo”, afirmou o empresário.
Tabata chamou o ataque de “nojento” e “perverso”, e afirmou que estava no Brasil quando perdeu o pai, aos 17 anos. De acordo com a denúncia, o comentário teve “ampla repercussão”, e o vídeo já soma mais de 850 mil visualizações nas plataformas digitais, além de ter sido replicado pela imprensa e nas redes sociais.
Desinformação pública
Ao julgar o caso, o juiz eleitoral destacou que, mesmo no período de pré-campanha, o empresário levou ao público uma “desinformação relacionada à intimidade” da então pré-candidata.
E determinou a ele o pagamento de uma prestação pecuniária de 200 salários mínimos a Tabata, além da condenação a sete dias-multa — sendo que cada dia equivale ao valor de 5 salários mínimos. O valor deve chegar a mais de R$ 300 mil reais.
— Com agências de notícias



