Justiça libera homem divorciado há mais de 30 anos de pagar pensão a ex-mulher

Justiça de Goiás libera homem divorciado há mais de 30 anos de pagar pensão a ex-mulher

Há 43 minutos
Atualizado segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Da Redação

A Justiça de Goiás liberou um homem divorciado há 30 anos de continuar pagando pensão alimentícia à sua ex-esposa. A juíza responsável pela decisão, Lívia Vaz da Silva, da 7ª Vara de Família de Goiânia, ressaltou que após três décadas separada e recebendo pensão, a mulher teve tempo suficiente para alcançar sua independência financeira sem precisar mais dos recursos do ex-companheiro.

Na ação, ajuizada pelo ex-esposo, o homem alegou que não tem mais condições de arcar com o valor correspondente a 20% de seus rendimentos líquidos para pagar a pensão da mulher. E lembrou o tempo em que efetua esse pagamento. Argumentou, também, que ela já não necessitava mais da pensão.

Mas a mulher disse que não. Se defendeu por meio de advogados e disse que depende integralmente da pensão para sua subsistência, por não possuir aposentadoria nem outra fonte de renda.

Duas circunstâncias

Ao analisar o caso, a magistrada ressaltou que a exoneração dos alimentos é cabível, nesse tipo de caso, em duas circunstâncias: quando o alimentado não necessita mais da prestação ou quando o alimentante não pode mais prover o valor.

A juíza destacou, ainda, que “a obrigação de prestar alimentos só pode persistir até o momento em que a outra parte possa prover seu próprio sustento, devendo conceder a quem necessite receber os alimentos um tempo razoável para isso, evitando, assim, a dependência eterna entre ex-cônjuges”.

Reestruturação, não acomodação

A magistrada também destacou que a pensão alimentícia é determinada por tempo determinado e que o fim de um casamento, na qual uma das partes não tinha rendimentos e passou a depender do ex companheiro, deveria servir para reestruturação da vida dessa pessoa e não para acomodação.

E afirmou textualmente que “a pensão não pode se transformar em meio de se obter eterna fonte de renda ou estímulo à acomodação”. Assim, a juíza deu ganho de causa ao ex-marido e o liberou da obrigação do pagamento da pensão. 

O caso foi julgado por meio do Processo Nº 5861784-35.2024.8.09.0051. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) não divulgou a íntegra do processo.

— Com informações do TJGO

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