O governo de São Paulo interditou nesta quarta-feira (1º) seis estabelecimentos suspeitos de comercializar bebidas adulteradas com metanol. A ação ocorreu após a confirmação de dez casos de intoxicação no estado, incluindo uma morte registrada na capital paulista.
Interdições na capital e na Grande São Paulo
Das interdições, quatro ocorreram em bairros de São Paulo — Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins e Mooca. Outras duas foram realizadas em São Bernardo do Campo e Barueri, na Região Metropolitana. Na terça-feira (30), já haviam sido registradas três interdições, elevando para nove o número de locais fechados em dois dias.
O governo estadual informou ainda que uma distribuidora de bebidas teve sua inscrição suspensa preventivamente e outras três estão sob análise, podendo também sofrer sanções.
Casos confirmados e investigações em andamento
Até agora, dez pessoas tiveram intoxicação confirmada pelo consumo de bebidas contaminadas com metanol. Entre os casos, está a morte de um morador da capital. Outros 27 episódios suspeitos continuam sob investigação, incluindo cinco óbitos.
A substância metanol, quando ingerida, pode causar graves danos à saúde, como cegueira, falência de órgãos e até a morte. Por isso, as autoridades tratam os casos como prioridade e têm intensificado operações para localizar e apreender lotes adulterados.
Polícia Federal apura possível ligação com crime organizado
Na segunda-feira (29), a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se há conexão entre os casos recentes de intoxicação e o crime organizado. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), no entanto, afirmou que não existem indícios que sustentem essa hipótese até o momento.
O governo estadual reforçou que segue colaborando com as investigações e intensificou ações de fiscalização em distribuidoras e bares. Nesta semana, 802 garrafas foram apreendidas, sendo 660 em distribuidoras e 142 em três bares da capital.
Risco à saúde e medidas preventivas
As autoridades alertam que a ingestão de bebidas adulteradas com metanol representa risco grave e imediato à saúde. O consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode provocar intoxicação severa. Por isso, o governo reforça que a população deve evitar a compra de produtos sem procedência clara e denunciar irregularidades.
As interdições e apreensões fazem parte de uma estratégia de contenção para evitar a ampliação dos casos, enquanto prosseguem as análises laboratoriais dos lotes recolhidos.



