Por Carolina Villela
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta quarta-feira (6) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso em regime domiciliar, receba visitas dos filhos como o senador Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro, além de cunhadas, netas e netos. Segundo a decisão, não é necessária prévia comunicação à Corte, mas as determinações legais e judiciais determinadas anteriormente devem ser seguidas.
Bolsonaro recebeu nesta terça-feira (5), um dia após ser preso, a visita do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil. Outros amigos e aliados também pediram ao Supremo autorização para visitar o ex-presidente.
Aliados pedem autorização para visitar ex-presidente
Entre eles, os deputados Marcelo Moraes (PL/ RS) e Eros Biondini ( PL/MG). Já o deputado federal Luciano Zucco (PL/RS) requereu que os encontros sejam contínuos e semanais: todas às terças, quartas e quintas-feiras. Caso a solicitação não seja atendida, o parlamentar pediu que as visitas ocorram pelo menos uma vez por semana.
O líder do PL na Câmara dos Deputados, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também pediu autorização à Moraes para visitar o ex-presidente. Inicialmente, o requerimento foi protocolado no processo errado. Após perceber a falha, Sóstenes apresentou a petição na (AP) 2668, que investiga a suposta tentativa de Golpe de Estado.
“A presente solicitação tem caráter estritamente institucional e humanitário, sendo motivada pela relevância do papel público exercido pelo ex-Chefe de Estado e pela atual condição excepcional a que está submetido”, diz o pedido.
Os pedidos ainda são analisados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Prisão foi determinada por descumprimento de medidas cautelares
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada na segunda-feira (04) por “reiterado descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente“. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro vem “ignorando e desrespeitando o Supremo Tribunal Federal” e manteve condutas relacionadas à obstrução da Justiça.
Moraes afirmou que Bolsonaro utilizou redes sociais de seus três filhos e de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.