STF realiza nesta terça acareações entre réus da tentativa de golpe

Da Redação Por Da Redação
23 de junho de 2025
no STF, Trama golpista
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Baga Netto, Mauro Cid, freie gomes e Anderson Torres: réus em acareação no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) promove nesta terça-feira duas acareações decisivas na ação penal que investiga tentativa de golpe após as eleições de 2022. Os confrontos colocarão frente a frente Mauro Cid e Braga Netto, além de Anderson Torres e Freire Gomes, para esclarecer versões contraditórias sobre os fatos.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, será confrontado com o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. Ambos integram o chamado “núcleo crucial” da ação penal que tramita no Supremo.

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A segunda acareação reunirá o ex-ministro da Justiça Anderson Torres com o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. Torres figura como réu no processo, enquanto Freire Gomes atua como testemunha da investigação.

Procedimento visa esclarecer contradições

A acareação representa um procedimento judicial específico para confrontar versões divergentes entre partes de um processo. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, conduzirá pessoalmente as audiências no STF.

Diferentemente dos interrogatórios anteriores, as acareações não terão transmissão ao vivo nem acompanhamento da imprensa. O formato fechado busca garantir maior precisão no esclarecimento dos fatos controversos.

As audiências foram solicitadas pelas próprias defesas dos réus, que identificaram pontos específicos de contradição nos depoimentos prestados durante a instrução processual.

Cid e Braga Netto divergem sobre plano criminoso

A defesa de Braga Netto solicitou o confronto após identificar versões contraditórias sobre encontro realizado em novembro de 2022. A reunião teria ocorrido na residência do general da reserva em Brasília.

Segundo Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, o encontro debateu o plano “Punhal Verde e Amarelo”. O projeto previa a execução de autoridades como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

Braga Netto contesta a versão do ex-ajudante de ordens e nega qualquer conhecimento sobre o esboço criminoso. O general sustenta que o encontro teve caráter meramente protocolar e institucional.

Divergências sobre entrega de dinheiro

As versões também se chocam sobre episódio envolvendo quantia em dinheiro entregue em caixa de vinho. Mauro Cid afirma ter recebido os valores das mãos de Braga Netto para financiar atividades específicas.

O general nega categoricamente a entrega de qualquer quantia ao tenente-coronel. A defesa de Braga Netto questiona a credibilidade do delator e suas motivações para fazer tais alegações.

A acareação entre Braga Netto e Cid está marcada para as 10h desta terça-feira. O confronto promete ser um dos momentos mais tensos do processo judicial.

Torres e Freire Gomes confrontam versões sobre reuniões

O segundo confronto do dia reunirá Anderson Torres e Marco Antônio Freire Gomes às 14h. A acareação foi solicitada pela defesa do ex-ministro da Justiça para esclarecer participação em reuniões controversas.

Freire Gomes afirma que Torres participou de encontros onde foram discutidas medidas de exceção após as eleições. O ex-comandante do Exército detalha a presença do então ministro em debates sobre intervenção militar.

Torres nega qualquer participação em reuniões com esse teor e contesta a versão do militar. O ex-ministro sustenta que seus encontros com autoridades militares tinham caráter exclusivamente administrativo e institucional.

Impacto das acareações no julgamento

As acareações representam etapa crucial para a formação do convencimento do relator Alexandre de Moraes. Os confrontos diretos podem definir a credibilidade de testemunhos e depoimentos fundamentais para a ação penal.

O procedimento permitirá que o ministro observe as reações e respostas dos envolvidos em tempo real. A análise comportamental complementará as provas documentais já coletadas durante a investigação.

Os resultados das acareações influenciarão diretamente o encaminhamento da ação penal para julgamento pelo plenário do STF. A definição de responsabilidades dependerá, em grande parte, do esclarecimento dessas contradições fundamentais.

STF realiza acareações entre réus da tentativa de golpe de Estado

O Supremo Tribunal Federal (STF) promove nesta terça-feira duas acareações decisivas na ação penal que investiga tentativa de golpe após as eleições de 2022. Os confrontos colocarão frente a frente Mauro Cid e Braga Netto, além de Anderson Torres e Freire Gomes, para esclarecer versões contraditórias sobre os fatos.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, será confrontado com o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa. Ambos integram o chamado “núcleo crucial” da ação penal que tramita no Supremo.

A segunda acareação reunirá o ex-ministro da Justiça Anderson Torres com o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes. Torres figura como réu no processo, enquanto Freire Gomes atua como testemunha da investigação.

Procedimento visa esclarecer contradições

A acareação representa um procedimento judicial específico para confrontar versões divergentes entre partes de um processo. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, conduzirá pessoalmente as audiências no STF.

Diferentemente dos interrogatórios anteriores, as acareações não terão transmissão ao vivo nem acompanhamento da imprensa. O formato fechado busca garantir maior precisão no esclarecimento dos fatos controversos.

As audiências foram solicitadas pelas próprias defesas dos réus, que identificaram pontos específicos de contradição nos depoimentos prestados durante a instrução processual.

Cid e Braga Netto divergem sobre plano criminoso

A defesa de Braga Netto solicitou o confronto após identificar versões contraditórias sobre encontro realizado em novembro de 2022. A reunião teria ocorrido na residência do general da reserva em Brasília.

Segundo Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, o encontro debateu o plano “Punhal Verde e Amarelo”. O projeto previa a execução de autoridades como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.

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A acareação entre Braga Netto e Cid está marcada para as 10h desta terça-feira. O confronto promete ser um dos momentos mais tensos do processo judicial.

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O segundo confronto do dia reunirá Anderson Torres e Marco Antônio Freire Gomes às 14h. A acareação foi solicitada pela defesa do ex-ministro da Justiça para esclarecer participação em reuniões controversas.

Freire Gomes afirma que Torres participou de encontros onde foram discutidas medidas de exceção após as eleições. O ex-comandante do Exército detalha a presença do então ministro em debates sobre intervenção militar.

Torres nega qualquer participação em reuniões com esse teor e contesta a versão do militar. O ex-ministro sustenta que seus encontros com autoridades militares tinham caráter exclusivamente administrativo e institucional.

Impacto das acareações no julgamento

As acareações representam etapa crucial para a formação do convencimento do relator Alexandre de Moraes. Os confrontos diretos podem definir a credibilidade de testemunhos e depoimentos fundamentais para a ação penal.

O procedimento permitirá que o ministro observe as reações e respostas dos envolvidos em tempo real. A análise comportamental complementará as provas documentais já coletadas durante a investigação.

Os resultados das acareações influenciarão diretamente o encaminhamento da ação penal para julgamento pelo plenário do STF. A definição de responsabilidades dependerá, em grande parte, do esclarecimento dessas contradições fundamentais.

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