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Investigação revela “tropa paralela” na PF para impedir posse de Lula em 2022

Agente afirma que havia armamento pesado para "matar meio mundo".

Da Redação Por Da Redação
16 de maio de 2025
no Head, STF, Trama golpista
0
Wladinir Soares, um dos agentes da chamada PF Paralela golpista

Wladimir Soares, o principal agente da PF Paralela: "Matar meio mundo".

Documentos e áudios interceptados pela Polícia Federal e revelados pelo site do ICL Notícias mostram que nos dias finais de 2022, enquanto o Brasil preparava-se para a transição presidencial, uma célula clandestina de agentes federais armados aguardava ordens para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo, formado por agentes da própria instituição, demonstrava disposição para confrontos violentos caso recebesse autorização do então presidente Jair Bolsonaro.

A confissão de um agente federal

No centro das revelações está Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal que confessou à corporação ter integrado uma “equipe de operações especiais” preparada para atuar mediante ordem expressa de Bolsonaro. Em áudio anexado à Petição 13236, que tramita no Supremo Tribunal Federal, Wladimir declarou explicitamente suas intenções.
“Eu e minha equipe estamos com todo equipamento pronto pra ir ajudar a defender o PALÁCIO e o PRESIDENTE. Basta a canetada sair!”, afirmou no áudio interceptado. O conteúdo da mensagem revelava não apenas a existência do grupo paramilitar, mas também sua disposição para ações extremas.
A gravidade da situação é amplificada quando, em outro trecho, o agente federal menciona que o grupo estava disposto a usar violência letal para garantir a permanência de Bolsonaro no poder: “A gente ia empurrar meio mundo de gente, pô. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já, cara”, confessou.

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Comando estruturado e articulações militares

As investigações mostram que não se tratava de uma iniciativa isolada. Wladimir relatou ter sido convocado por outros dois agentes da PF, identificados apenas como Ramalho e Marcelo, para formar uma linha de contenção armada caso Bolsonaro decidisse não transmitir o cargo ao presidente eleito.
“Essa equipe referida pelo APF Ramalho faria a segurança do Palácio do Planalto e do então presidente Jair Messias Bolsonaro caso ele resolvesse não entregar a faixa presidencial”, declarou em depoimento oficial à Polícia Federal.

 

Conexões com as Forças Armadas

Em mensagens trocadas nos dias anteriores à posse presidencial, o agente discute abertamente o cenário de ruptura institucional com seus interlocutores. Esses documentos revelam algo ainda mais alarmante: o suposto apoio de setores da Marinha, então comandada pelo almirante Almir Garnier, ao plano golpista.
Ao mesmo tempo, Wladimir expressa frustração com o Exército, acusando os generais de terem recuado de última hora: “Os generais se venderam ao PT no último minuto que a gente ia tomar tudo”, escreveu em uma das mensagens capturadas.

 

Uma trama institucionalizada

A existência dessa célula dentro da própria Polícia Federal — descrita pelos investigadores como uma “tropa paralela” — revela a profundidade e o nível de institucionalização da tentativa de golpe de Estado. O planejamento incluía uma estrutura operacional completa, com distribuição de tarefas, planejamento logístico e preparação para confrontos armados.
Esse esquema clandestino, formado por agentes com treinamento oficial e acesso a armamentos e equipamentos do Estado, representa uma das mais graves ameaças à democracia brasileira já documentadas desde a redemocratização. Os envolvidos não eram civis desorganizados, mas profissionais treinados com “crachá da República”.

O golpe que não se concretizou

A concretização do plano dependia de uma ordem direta de Bolsonaro, conforme indicam as mensagens. No entanto, essa autorização nunca veio oficialmente. Dois dias antes da posse de Lula, o então presidente deixou o país rumo aos Estados Unidos, frustrando as expectativas do grupo paramilitar.
Mesmo assim, os homens estavam prontos e posicionados. Com armamentos, logística e determinação para executar ações extremas, aguardavam apenas o sinal para atravessar a linha da legalidade e iniciar um confronto que poderia ter resultado em um banho de sangue em plena Praça dos Três Poderes.

Implicações para a segurança institucional

O caso levanta questões graves sobre a infiltração de elementos antidemocráticos em instituições fundamentais do Estado brasileiro. A Polícia Federal, órgão responsável por investigar crimes contra a ordem pública e política, abrigava em seus quadros agentes dispostos a subvertê-la mediante ordens superiores.
Esse episódio expõe como a polarização política atingiu níveis perigosos dentro de instituições que deveriam se manter imparciais e comprometidas com a ordem constitucional, independentemente de preferências partidárias ou ideológicas de seus membros.

Investigações em andamento

A revelação dessa “tropa paralela” constitui parte das investigações mais amplas sobre a tentativa de golpe de Estado, que já resultou em indiciamentos de militares de alta patente, ex-ministros e do próprio ex-presidente Jair Bolsonaro por crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Os depoimentos de Wladimir e os áudios interceptados compõem um mosaico de evidências que demonstram não apenas a intenção, mas o planejamento concreto para impedir a posse de um presidente legitimamente eleito.

Uma ameaça à democracia

O episódio escancara a proximidade que o Brasil esteve de um rompimento institucional violento. Não se tratava de retórica inflamada em discursos políticos ou manifestações isoladas, mas de um plano estruturado, com agentes treinados, armas oficiais e determinação para o confronto.
A gravidade dos fatos revela que a tentativa de golpe foi além do planejamento abstrato, chegando ao nível operacional, com homens posicionados e prontos para agir mediante uma simples ordem. Esse cenário evidencia como instituições democráticas podem ser ameaçadas de dentro para fora, quando seus próprios agentes se voltam contra a ordem que juraram defender.

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  • Da Redação
    Da Redação

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Tags: matar todo mundopf paralelatrama golpistaWladimir Soares

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