O HJUR está cobrindo as oitivas das testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República e pelos réus que integram o Núcleo 1 da trama golpista, onde estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Braga Netto, o mais estrelado entre os generais presos por suspeita de preparar, incitar ou planejar um golpe de Estado. Estão agendados para esta quinta-feira (22), os seguintes depoimentos das testemunhas do tenente-coronel Mauro Cid:
- Flávio Alvarenga Filho
- João Batista Bezerra
- Edson Dieh Ripoli
- Julio Cesar de Arruda
- Fernando Linhares Deus
- Raphael Maciel Monteiro
- Luís Marcos dos Reis
- Adriano Alves Teperino
8h01 – A audiência foi aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
8h02 – Moraes informou as regras do depoimento.
8h05 – A primeira testemunha ouvida, João Batista Bezerra, general da reserva Exército, afirmou que conhece Mauro Cid desde 2014, quando o ex- ajudante de ordens de Bolsonaro ainda era major.
8h08- O general do Exército disse que o relacionamento entre eles era profissional.
8h09 – João Batista afirmou que Cid nunca comentou sobre o plano golpista: “nunca aconteceu isso. Nunca recebi nenhuma comunicação”.
8h10 – Ele afirmou que Mauro Cid era um militar exemplar e que nunca houve nada que “maculasse” a sua conduta.
8h12 – Edson Dieh Ripoli, também general do Exército, relatou que conheceu Mauro Cid ainda criança, em 1990, e que depois passou a trabalhar com ele em 2015.
8h14 – A testemunha afirmou que Mauro Cid era um excelente militar e que cumpriu todas as missões. “Ele era “absolutamente leal e correto”.
8h15 – Edson relatou que, entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020, teve muito contato com o tenente-coronel pelo fato de trabalhar como o ministro da Defesa.
8h16 – O general disse que Cid nunca falou com ele sobre o plano golpista ou algo sobre atentar contra a democracia. “Nunca, em nenhum momento, falou qualquer coisa de golpe comigo”, afirmou.
8h17 – Disse, ainda, que durante visita “rápida” que fez a Mauro Cid, quando o tenente – coronel estava preso, em 2023, não houve nenhuma conversa sobre golpe.
8h20 – Julio Cesar de Arruda, ex- comandante do Exército, afirmou que conheceu Mauro Cid em 2004.
8h58 – Raphael Maciel Monteiro, capitão do Exército, esclareceu que a sua família e de Mauro Cid são muito próximas.
9h03- Ele disse que fez frequentes visitas à Mauro Cid na prisão e que, nas ocasiões, conversaram sobre informações que eram divulgadas na imprensa.
9h04 – De acordo com o depoimento de Raphael, Cid repudiava qualquer atentado contra a democracia: “naturalmente, ele manifestava repúdio”.
9h06 – Segundo Raphael, Mauro Cid ficou profundamente pesaroso em relação aos fatos. “Isso foi uma coisa que realmente o entristeceu bastante”, ressaltou. O capitão negou ter falado sobre a minuta.
9h12 – Luís Marcos dos Reis negou ter conversado com o tenente-coronel sobre qualquer fato relacionado à tentativa de golpe de Estado.
9h15 – O tenente Adriano Alves Teperino, ex-coordenador da ajudância de ordens de Bolsonaro, ressaltou que Mauro Cid sempre orientou a equipe estar pronta para apoiar o governo de transição.
9h18- “Nunca chegou a comentar nenhum fato da ação penal comigo”, disse o tenente sobre as conversas que tinha com Cid mesmo após a prisão dele.
9h19 – A testemunha Flávio Alvarenga Filho não compareceu ao depoimento.
9h21 – O ministro Alexandre de Moraes encerrou a audiência.