A Advocacia-Geral da União expediu recomendação ao Google Brasil Internet LTDA, nesta quinta-feira (26.12), alertando para a necessidade de cuidado na publicação de informações relacionadas a dados econômicos, em especial no que se refere à cotação de moedas.
A AGU também solicitou à plataforma digital que disponibilize as informações com a indicação de forma explícita das fontes de dados financeiros e que adote medidas proativas para prevenir desordem informacional econômica. E recomendou que o Google reforce em suas políticas internas de relação com os usuários a importância da integridade da informação para proteção do investidor popular.
O alerta foi feito após o Banco Central confirmar inconsistências na cotação do dólar publicada na plataforma ao longo do feriado de Natal.
Ainda na quarta-feira (25.12), a AGU encaminhou ofício com pedido de informações ao BC após o buscador apresentar a cotação do dólar a R$6,38, valor R$0,20 superior ao registrado no último fechamento oficial (23.12).
No ofício ao BC, a AGU solicitou informações sobre o valor da moeda americana em outros países na mesma data e se essas cotações poderiam impactar o valor da moeda brasileira no feriado. Os dados enviados pelo BC serão usados em eventual atuação da Procuradoria-Geral da União em relação ao Google.
Após a iniciativa da AGU, o Google deixou de exibir a cotação de R$6,38 como resultado nas buscas realizadas pelos usuários.
“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, destaca o advogado-geral da União, Jorge Messias.
“Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google. O câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo Banco Central devido ao feriado”, complementa.
Veja a íntegra do pedido da AGU.