Anulada condenação do presidente do TCDF por improbidade

STJ anula decisão que condenou o presidente do TCDF, Manoel de Andrade, por improbidade administrativa

Há 5 meses
Atualizado sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Por Hylda Cavalcanti

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nesta terça-feira (05/08), pelo acolhimento de recurso apresentado pela defesa do presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), Manoel de Andrade, e considerou improcedente a condenação de segunda instância contra ele por improbidade administrativa. 

Andrade, conselheiro do TCDF desde 2.000 — mais conhecido como “Manoelzinho do Táxi” — assumiu a presidência da Corte de contas em fevereiro deste ano, mas como foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), sua permanência no cargo era incerta e aguardava o andamento do recurso no STJ.

Permissões de taxi no DF

A condenação pelo TJDFT teve como motivo denúncias de que o conselheiro participou de um processo de auditoria sobre permissões de táxi no DF e teria retido os autos por período prolongado, mesmo se tratando de um tema sobre o qual ele tinha interesse. No acórdão, de 2017, o Tribunal de Justiça do DF fixou multa correspondente a 10 vezes o valor da remuneração e determinou a  ele a proibição de contratar com o poder público por três anos.

Andrade recorreu, então, ao STJ. Para o relator do processo na 2ª Turma da Corte superior, ministro Marco Aurélio Bellizze, “a jurisprudência exige a presença do dolo específico para configuração de ato de improbidade administrativa, o que não foi  demonstrado no caso em exame”. Por unanimidade, os demais ministros integrantes do colegiado votaram conforme a posição do relator.

“Reconhecimento do STJ”

Após o julgamento, o presidente do TCDF disse que, com o julgamento, o STJ reconheceu que não houve qualquer irregularidade na sua conduta como conselheiro do Tribunal de Contas. Afirmou também que, quando pediu vista do processo, o mérito sobre as permissões de táxi no DF já havia sido decidido pelo plenário da Corte, com as devidas determinações formalizadas e publicadas. 

“A decisão do STJ mostra que não houve benefício pessoal ou a terceiros ao exercer um direito legítimo como integrante do Plenário do TCDF”, frisou o conselheiro, ao acrescentar que “a Justiça foi restabelecida”. “Sigo firme no compromisso de atuar com independência, transparência e dedicação ao povo”, acrescentou.

— Com informações do STJ

Autor

Leia mais

Em 2025, Câmara dos Deputados cassou os mandatos de Eduardo Bolsonaro e Ramagem por faltas e condenação

Há 10 horas
Moraes esclarece que decisão do IOF não é retroativa

Moraes determina retomada da ação penal contra Ramagem após perda de mandato

Há 11 horas
A foto mostra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro. Ele é um homem branco, calvo com olhos claros.

Em 2025, Eduardo Bolsonaro vira réu no STF por coação no curso de processo

Há 12 horas

Augusto Heleno obtém prisão domiciliar humanitária por demência

Há 12 horas

Alexandre Ramagem: da fuga para Miami às sanções do STF e demissão da PF

Há 16 horas
A foto mostra a fachada da sede da OAB em Brasília.

OAB questiona constitucionalidade de dispositivos da reforma tributária para empresas do Simples Nacional

Há 16 horas
Maximum file size: 500 MB