O Conselho Nacional de Justiça manteve o afastamento cautelar do juiz federal Sandro Nunes Vieira, em julgamento nesta terça-feira (11/12). O magistrado é citado em relatório da Polícia Federal que indiciou ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado em 2022.
A medida de afastamento foi determinada pelo corregedor-nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, em 28 de novembro. Agora, o colegiado manteve a decisão do ministro por unanimidade.
Segundo o relatório da PF, o juiz Sando Vieira teria participado da elaboração de um documento que questionava o resultado das eleições gerais e apontava supostas fraudes nas urnas eletrônicas. O documento teria sido encomendado pelo PL e o Instituto Voto Legal (IVL).
Apesar de não ter sido investigado no inquérito, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes informou ao CNJ, por ofício, a citação do magistrado na investigação da PF. Por tramitar em segredo de Justiça, a sessão no CNJ foi realizada de forma reservada, sem transmissão e a presença do público externo.
A defesa de Sandro Vieira, declarou em nota, após o surgimento de seu nome nas investigações, que nunca teve contato com o presidente do PL, Valdemar da Costa de Neto, e que não emite “opiniões públicas ou juízos de valor sobre processos de conotação política”.
*Com informações da Agência Brasil