Defesa de Daniel Vorcaro interpõe recurso ao STJ pedindo a liberdade do empresário

Defesa de Daniel Vorcaro interpõe recurso junto ao STJ pedindo a liberdade do empresário

Há 1 hora
Atualizado segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Por Hylda Cavalcanti

A defesa do empresário Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master que foi preso na última semana no âmbito da operação Compliance Zero, da Polícia Federal (PF), interpôs um recurso junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para anular a decisão que decretou a prisão preventiva dele. Depois de ter passado por audiência de custódia, a Justiça Federal manteve a prisão dele.

Logo depois, sua defesa apresentou um recurso em caráter de liminar junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) pedindo para que Vorcaro fosse colocado em liberdade, mas decisão da desembargadora federal Solange Salgado da Silva rejeitou o pedido. Na decisão, a magistrada argumentou que “a prisão foi decretada diante de indícios veementes de gestão fraudulenta e organização criminosa”.

Alegações da defesa

No pedido interposto nesta segunda-feira (24/11) ao STJ, os advogados de Vorcaro alegaram que a prisão não se justifica diante da “ausência de fatos concretos e individualizados que apontem risco efetivo que o investigado pode oferecer para a investigação”.  

Afirmaram, ainda, que não há risco de Vorcaro voltar a praticar os crimes que foram apontadas pela investigação, uma vez que o Banco Central já determinou a liquidação do Master. O banqueiro foi preso na noite da última segunda-feira (17/11) quando estava pousando de helicóptero no aeroporto de Guarulhos para pegar avião de sua propriedade para viajar até Dubai, nos Emirados Árabes. 

Liquidação extrajudicial do Master

A prisão aconteceu horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB. Também foi anunciada pelo Banco Central a liquidação extrajudicial do Master.

O empresário é  acusado de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa. A detenção faz parte da operação da PF que investiga fraudes em títulos vendidos pelo Master ao Banco de Brasília (BRB) e emissão de outros títulos falsos.  Segundo informações da PF, o esquema pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões no total.

Envolvimento com o BRB

O BRB tem negócios com o Master e chegou a anunciar a aquisição da instituição, em março de 2025, mas a operação foi barrada pelo Banco Central. 

Além de Daniel Vorcaro, foram presos pela operação também o seu ex-sócio Augusto Lima e o tesoureiro, Alberto Félix. E foram determinados os afastamentos do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e do diretor-financeiro do banco, Dario Oswaldo Garcia Júnior — por 60 dias. Paulo Henrique Costa vai depor sobre o caso amanhã, na Polícia Federal em Brasília.

Na última quarta-feira (19/11), a Justiça Federal de Brasília determinou que todos os presos da operação devem permanecer detidos na carceragem da Superintendência da PF no bairro da Lapa, Zona Oeste de São Paulo.

— Com informações do STJ, do TRF 1 e de agências de notícias

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