Da Redação
A Advocacia-Geral da União obteve sucesso na remoção de conteúdos falsos sobre o sistema de pagamentos PIX que circulavam no Facebook. Os vídeos utilizavam inteligência artificial para simular declarações de dirigentes do Banco Central, visando aplicar golpes contra usuários brasileiros através de falsas promessas de compensação financeira.
Os criminosos criaram vídeos manipulados com falas fictícias do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor Paulo Picchetti. O material fraudulento mostrava “usuárias” reagindo às declarações falsas dos dirigentes bancários. As postagens alegavam que todos os usuários do PIX teriam direito a uma compensação financeira especial.
A estratégia criminosa explorava supostos vazamentos de dados para direcionar vítimas a sites maliciosos. O objetivo final era capturar informações pessoais dos brasileiros de forma ilegal através desses portais fraudulentos.
AGU age rapidamente contra golpes digitais
A Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia solicitou a remoção imediata das postagens ao Facebook. A notificação extrajudicial também se estendeu ao Instagram, cobrindo conteúdos similares nas duas plataformas da Meta.
Carlos Eduardo Dantas de Oliveira Lima, advogado da União no caso, destacou a importância da iniciativa. O procurador declarou ao órgão que essa ação representa mais um esforço para combater golpes diários nas redes sociais. “Com medidas como essas, esperamos tornar o ambiente digital mais seguro para todos”, afirmou Lima.
A PNDD fundamentou sua solicitação nos próprios termos de uso das plataformas digitais. O órgão também citou decisão recente do Supremo Tribunal Federal sobre o Marco Civil da Internet e responsabilização de redes sociais por conteúdos fraudulentos e enganosos de terceiros.
Postagens alcançam milhares de usuários
Uma das publicações fraudulentas atingiu mais de 3.100 curtidas no Facebook antes da remoção. O conteúdo foi veiculado através de conta falsa que simulava o portal de notícias G1. A conta enganosa também foi derrubada pela plataforma após a notificação da AGU.
Os vídeos eram editados com elementos dramáticos para aumentar seu impacto entre os usuários. A PNDD destacou que o material visava causar danos às políticas públicas da União. O conteúdo também comprometia a integridade da ação governamental relacionada ao sistema de pagamentos.
A atuação da Advocacia-Geral se deu por solicitação direta do próprio Banco Central. A instituição identificou os riscos que as postagens representavam para usuários do sistema financeiro nacional.
Remoção acontece em tempo recorde
O Facebook atendeu prontamente à solicitação da AGU nesta terça-feira, dia 22 de julho. A remoção aconteceu poucas horas após o envio da notificação extrajudicial pela Procuradoria.