O Ministério Público de São Paulo denunciou por homicídio duplamente qualificado o bancário que atropelou e matou o cantor de pagode Adalto Mello na cidade de São Vicente (SP) em 29 de dezembro. Além de buscar a condenação do acusado, o promotor de Justiça Manoel Torralbo Gimenez Junior pediu que o Judiciário estipule indenização para reparar os danos causados a familiares da vítima.
O músico trafegava de moto pela Avenida Tupiniquins quando foi atingido pelo automóvel conduzido pelo acusado, Thiago Arruda Campos Rosas. Segundo as informações, o denunciado estava embriagado e em alta velocidade quando subiu na calçada para ultrapassar outro veículo. Nesse momento, ele atingiu a vítima, que foi arremessada e morreu no local.
Conforme o promotor, o crime possui as qualificadoras de perigo comum e impossibilidade de defesa, uma vez que o denunciado assumiu o risco de produzir a morte do homem, “bem como de qualquer pessoa que cruzasse seu caminho, sendo que preferiu assim agir a deixar de fazê-lo”.
No boletim de ocorrência da Polícia Civil sobre o caso, consta que o motorista que atropelou o músico apresentava fala pastosa, olhos vermelhos e andar cambaleante. Ele confessou ser o condutor do veículo e alegou que a motocicleta de Adalto surgiu “repentinamente” na sua frente.
O teste do bafômetro realizado no condutor revelou um índice de 0,82 mg/l de álcool por litro de ar expelido, ultrapassando em 20,5 vezes o limite de 0,04 mg/l estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, Thiago Arruda passou por audiência de custódia no dia 30 de dezembro de 2024, e teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva.