Da Redação
Uma força-tarefa nacional contra feminicídio e violência doméstica começou nesta sexta-feira (1º) em aproximadamente 2 mil municípios do país. A Operação Shamar mobiliza cerca de 50 mil agentes de segurança pública até 4 de setembro, com foco no cumprimento de medidas protetivas urgentes e mandados de prisão.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública investiu R$ 2 milhões na operação. Os recursos custearão diárias de policiais para deslocamentos entre localidades durante procedimentos. O dinheiro também financiará ações educativas de prevenção à violência de gênero.
A iniciativa representa uma das maiores mobilizações contra crimes dessa natureza no Brasil. Durante o período, equipes intensificarão o atendimento às vítimas e executarão prisões pendentes. Simultaneamente, desenvolverão campanhas preventivas nas comunidades locais.
Coordenação nacional reúne múltiplos órgãos
Mario Sarrubbo, secretário Nacional de Segurança Pública, destaca a necessidade de esforços constantes. “A união entre Poder Público e cidadãos é crucial para promover mudanças culturais e garantir segurança às mulheres”, declarou Sarrubbo ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O gestor enfatiza que o enfrentamento eficaz exige envolvimento de Municípios, Estados e Distrito Federal. Para ele, toda a sociedade deve participar dessa mobilização coletiva. O objetivo é construir um ambiente mais justo e protegido para mulheres.
A Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência coordena a ação nacional. Também participam a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos e secretarias especializadas. O Ministério das Mulheres atua como parceiro estratégico da operação.
Nome homenageia proteção e cuidado feminino
Shamar significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar” em hebraico. A operação tradicionalmente ocorre em agosto para celebrar a Lei Maria da Penha. A legislação completará 19 anos de promulgação no próximo dia 7.
As 27 unidades federativas participam através de seus órgãos de segurança. Polícias Civil, Militar, Técnico-Científica e Penal integram a força-tarefa nacional. Corpos de Bombeiros Militares e Guardas Municipais também atuam nos territórios.
O Poder Judiciário colabora por meio de colegiados especializados em violência doméstica. Juízes de todo o país apoiam o cumprimento das medidas legais. A integração busca otimizar respostas aos casos de agressão por gênero.
Cidadãos podem denunciar suspeitas de violência contra mulheres pelo número 180. O canal funciona gratuitamente em todo território nacional, oferecendo orientação especializada. A população desempenha papel fundamental no combate a esses crimes.