Para quitar parte de dívida milionária decorrente de obra do TRT de SP, Grupo OK perde um prédio inteiro para DPU

Da Redação Por Da Redação
21 de agosto de 2025
no AGU, Defensoria Pública, Justiça Federal, Manchetes
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Para quitar parte de dívida milionária decorrente de obra do TRT de SP, Grupo OK perde um prédio inteiro para DPU

Da Redação

A Advocacia-Geral da União conseguiu na Justiça Federal a transferência do Edifício Cleto Meireles, avaliado em R$ 175 milhões, para a Defensoria Pública da União. A medida abate parte da dívida do grupo empresarial do ex-senador Luiz Estevão com a União por desvios na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. O caso está relacionado ao desvio de recursos do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo durante a construção do Fórum, no final dos anos 1990.

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O imóvel localizado no Setor Bancário Sul, em Brasília, será nova sede da DPU e representará economia anual de R$ 10 milhões em aluguéis. A Defensoria já ocupava o edifício anteriormente e considera a localização estratégica para atendimento ao público.

A transferência do prédio ocorreu por meio de adjudicação, processo judicial que entrega bens do devedor ao credor para quitar dívidas. A 19ª Vara Federal de Execução Fiscal do Distrito Federal autorizou a operação no âmbito da execução contra o Grupo OK.

Defensor elogia solução encontrada

O Defensor Público-Geral Federal Leonardo Cardoso de Magalhães havia proposto a adjudicação por meio de ofício à AGU em setembro de 2024. Segundo o documento, o imóvel apresenta estrutura adequada para sediar a instituição que não possui sede própria.

Magalhães destacou que a localização facilita acesso por transporte público, beneficiando pessoas assistidas pela Defensoria. A solução combina eficiência administrativa com economia de recursos públicos, conforme informado no ofício à AGU.

A decisão judicial decorre de condenação do Grupo OK pelo Tribunal de Contas da União relacionada a desvios na construção do TRT paulista. O caso remonta ao final dos anos 1990, quando recursos públicos foram desviados durante as obras.

Segunda vitória da União no caso

Este é o segundo edifício do grupo empresarial transferido para órgãos federais em pagamento da mesma dívida. Em 2024, a Justiça determinou adjudicação de imóvel em favor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

A sede do ICMBio custava cerca de R$ 10 milhões anuais em aluguel e foi avaliada em R$ 167 milhões à época. Com os dois edifícios abatidos, a dívida remanescente do Grupo OK fica em torno de R$ 130 milhões.

A Procuradoria-Geral da União e a Procuradoria-Regional da União da 1ª Região conduziram o processo dentro da AGU. As adjudicações representam recuperação significativa de recursos desviados décadas atrás.

Economia para cofres públicos

A transferência dos dois imóveis elimina gastos anuais de R$ 20 milhões em aluguéis pagos pela União. Os recursos economizados poderão ser direcionados para outras prioridades governamentais, fortalecendo políticas públicas essenciais.

O processo de execução fiscal continua em andamento para recuperar o restante da dívida do Grupo OK. A AGU mantém esforços para maximizar retorno aos cofres públicos em casos de desvios de recursos.

A decisão judicial estabelece precedente importante para casos similares de recuperação de ativos por meio de adjudicação. A medida demonstra efetividade do sistema judicial na cobrança de dívidas com a Fazenda Nacional.


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