A Polícia Federal finalizou o inquérito que apurou o atentado na praça dos Três Poderes, ocorrido em 13 de novembro de 2024, em frente ao Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, Francisco Wanderley Luiz, agiu sozinho, sem participação ou financiamento de terceiros. A PF concluiu, ainda, que a motivação do crime foi o extremismo político.
Segundo a PF, as conclusões da investigação foram encaminhadas ao STF.
Provas
Os investigadores utilizaram diversos meios de prova, com destaque para a análise das comunicações e dos dados bancários e fiscais. Também foram feitos exames periciais em todos os locais vinculados aos fatos. Além disso, a Polícia Federal reconstitui as ações do autor em ordem cronológica antes e durante o atentado. Mais de dez testemunhas foram ouvidas.
Explosões e morte
Na noite do atentado, a Esplanada dos Ministérios foi interditada após duas explosões. Uma delas atingiu um carro no estacionamento próximo ao STF. Francisco Wanderley Luiz morreu na outra explosão que aconteceu em frente ao Supremo.
Segundo as autoridades, Luiz portava uma mochila com explosivos e acionou os dispositivos. Ele foi candidato a vereador pelo PL em 2020 no município de Rio do Sul (SC).
STF
Logo após as explosões, na época, a assessoria do STF divulgou nota afirmando que, ao final da sessão, depois de serem ouvidos dois fortes estrondos, os ministros e servidores foram retirados do prédio em segurança.
O episódio foi repudiado por ministros e autoridades que destacaram a gravidade dos atos, ao lembrar dos ataques de oito de janeiro, e reforçaram necessidade de responsabilização por atos contra democracia.
Estado Democrático de Direito
Em nota, após divulgar a conclusão da investigações, a Polícia Federal reafirmou seu compromisso com a defesa da sociedade e com a preservação do Estado Democrático de Direito e de suas instituições. Disse também que segue vigilante e preparada para responder, com rigor técnico, imparcialidade e eficácia a quaisquer ameaças à ordem constitucional do país.